É delicada a situação do governo Bolsonaro. Perdeu um de seus sustentáculos.
As denúncias feitas pelo agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro são gravíssimas.
Em coletiva, ele disse que pediu demissão por não aceitar interferência política na Polícia Federal.
Até aceitaria trocar o delegado-geral da PF e os superintendentes do Rio e Pernambuco, desde que lhe fossem apresentadas questões técnicas para isso.
O presidente, disse o ex-ministro, também queria ter acesso a informações privilegiadas das operações e investigações. Para proteger quem?
Até agora, Bolsonaro não deu uma satisfação sobre o motivo de retirar Valeixo do cargo. A impressão que passa e que ele foi fritado por corresponder demais às expectativas.
Ah, Sérgio Moro também foi claro a dizer que o presidente está preocupado com inquéritos no âmbito do STF. O Supremo investiga as manifestações pró-ditadura e ameaças aos seus ministros, que devem respingar nas bozoletes.
Também rola no Congresso investigações sobre as fake news. Imagina quem são os envolvidos nesse lamaçal?
Foi uma entrevista avassaladora!
As máscaras caíram. Bolsonaro se lascou, pessoas que votaram nele pelo discurso moralista anticorrupção começam a declarar arrependimento. E com veemência.
Bolsonaro não governa para o país, mas para os seus.
Somos mais de 200 milhões, ele não entende.
Que a lei que valeu para os petistas seja válida, também, para os equinos.