25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaro não nega compartilhamento e diz que acusações são tentativas de tumulto

Presidente finalmente se manifestou após polêmica com manifestação do dia 15, contra o Congresso

O presidente Jair Bolsonaro chamou de “tentativas rasteiras de tumultuar a República” as interpretações sobre ele ter compartilhado um vídeo em apoio a atos contra o Congresso em 15 de março.

Ele escreveu mensagem em suas redes sociais, mas não negou ter enviado a amigos por WhatsApp um vídeo que convoca a população a ir às ruas.

Foi a primeira manifestação de Bolsonaro sobre o caso e não há qualquer menção ao conteúdo do vídeo, portanto não nega ter compartilhado vídeo dos atos contra o Congresso.

Print do grupo em que Bolsonaro compartilhou o vídeo

O post nas redes sociais foi feito horas antes de o presidente embarcar do Guarujá, onde passou o feriado de Carnaval, para Brasília. Ele ocorre também depois de reações de repúdio ao vídeo de representantes de outros poderes, da sociedade civil e de ex-presidentes da República.

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Líderes políticos como os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso e o presidente da OAB manifestaram repúdio na noite de terça-feira (25) à iniciativa de Bolsonaro de compartilhar vídeos que convocam manifestações para o próximo dia 15 a seu favor e contra o Congresso.

Nem Heleno nem Mourão foram às redes sociais repudiar o uso de sua imagem no panfleto. Coube ao general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, o único repúdio à associação do Exército Brasileiro com um post de cunho golpista.

STF

Celso de Mello, ministro decano do STF (Supremo Tribunal Federal, afirmou que a conclamação do presidente Jair Bolsonaro para ato contra a corte e o Congresso, “se confirmada”, ‘não está à altura do cargo’. Além disso, é considerado um crime de responsabilidade, passível de pena de perda do cargo; um impeachment.