26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Brasil regride em ranking mundial de ciências, matemática e leitura

Alunos brasileiros não entendem o que leem, não sabem fazer conta e não entendem conceitos básicos de ciência

Nossos estudantes estão estagnado desde 2009 e com isso o país perdeu posições na principal avaliação da educação básica no mundo, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

O Brasil aparece entre as 20 piores colocações no ranking das três áreas acompanhadas pelo exame: matemática, ciências e leitura. Ao todo, foram analisados 79 países e territórios.

Os resultados, divulgados hoje pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), são da edição de 2018 do exame e não dizem respeito à gestão de Jair Bolsonaro (PSL), que assumiu a Presidência em 2019.

Os dados divulgados hoje mostram ainda que a média obtida pelos estudantes brasileiros ficou bastante abaixo do resultado obtido pelos países da OCDE nas três áreas avaliadas.

O pior desempenho do país aparece em matemática. Enquanto a média brasileira foi de 384 pontos na disciplina, nos países da OCDE ela foi de 489 pontos —uma diferença de 105 pontos.

Em comparação com os dados de 2015, quando foram avaliados 70 países e territórios, o Brasil caiu da 63ª para a 67ª colocação em ciências. Nessa disciplina, o país supera apenas países como Cazaquistão e Bósnia e Herzegovina, ficando para trás de Uruguai, Chile e Tailândia, por exemplo.

Já em matemática, o país despencou do 66º para o 71º posto, ficando à frente apenas de Argentina, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Kosovo, Panamá, Filipinas e República Dominicana.

Em leitura, o país permaneceu estagnado, conseguindo apenas passar da 59ª para a 58ª posição, ficando atrás de países como México e Romênia.

Por trás dos números apresentados pelo Pisa, segundo a OCDE, se traduz uma realidade de alunos brasileiros que não entendem o que leem, não sabem fazer conta e não entendem conceitos básicos de ciência.