A Braskem divulgou no relatório dos seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2019, que destacou as operações da companhia em Alagoas, um prejuízo líquido de R$ 2,92 bilhões. Isso levou a petroquímica a fechar o ano com R$ 2,8 bilhões no vermelho.
E o afundamento do solo em bairros de Maceió, que veio com interdições em prédios, que chegaram a ser demolidos, e a adoção de aluguel social para todos os moradores realocados, foi considerado a piora financeira, junto com a desvalorização do dólar:
Dois fatores contribuíram para isso: o impacto negativo da depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida da empresa não designada para hedge accounting; e, acima disso, a provisão contábil de R$ 3,38 bilhões referente à implementação dos programas de compensação financeira, apoio à realocação e promoção de atividades educacionais e ao fechamento de poços de sal em Maceió (AL)”. Relatório Ebtida da Braskem.
Apesar disso, o relatório comunica que a Braskem investe no retorno das operações nas plantas de cloro-soda e EDC na capital alagoana, que passou por um processo de paralisação das atividades em 9 de maio do ano passado.
E a metodologia será diferente desta vez: a companhia pretende mudar a base de matéria prima para as fábricas de cloro-soda com aquisição de sal marinho. Seja de terceiros, nacional ou mesmo importado. E este deve ser estocado e posteriormente enviado para processamento.
O custo estimado é de aproximadamente R$ 60 milhões, com R$ 21,2 milhões já investidos em 2019. E a operação de produção de cloro-soda será retomada já a partir deste mês.