A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) admitiu, em ofício distribuído a universidades nesta quinta (2), que um erro em relação ao novo modelo de concessão de bolsas determinado pela agência em março, que provocou o corte de cerca de 6.000 bolsas do sistema.
De acordo com o documento, houve um erro na contabilização de bolsas distribuídas com os novos critérios. A Capes, então, contabilizou equivocadamente o saldo de bolsas.
Benefícios que haviam atingido em fevereiro sua duração máxima de vigência haviam sido classificados no sistema como “empréstimo” e bolsas que seriam transferidas de um programa de pós-graduação para outro assim que as pesquisas em andamento fossem encerradas.
“Com a medida de correção, serão restituídas cerca de 6.000 bolsas que poderão ser utilizadas para a inclusão de novos bolsistas pelos programas”. Trecho de ofício do Capes.
Após a admissão do erro, essas bolsas deverão ser reativadas nos programas de pós-graduação no próximo dia 6.
Weintraub
Criticado por pesquisadores, o novo modelo de concessão foi estipulado em portaria de março, em ato que alterou regras que a própria Capes havia publicado em fevereiro.
Isso aconteceu após intervenção de Weintraub para que houvesse impacto negativo maior na área de humanas. Na quarta-feira (1º), o ministro afirmou que houve aumento de bolsas. Ele culpou a imprensa e a esquerda por criarem mentiras.
“No dia da mentira, mídia/esquerda continuam contando mentiras! Não houve corte no total de bolsas ou interrupção nas que estão em andamento. Cursos bem avaliados ganharam bolsas. No total, houve um aumento de 6.000 novas bolsas, sendo 2.600 para estudar epidemias (coronavírus)”. Abraham Weintraub, ministro da Educação.
No dia 27 de março, Weintraub havia publicado vídeo em que se falava em um incremento de 3.386 bolsas.