24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Chefão da F1 desmente Bolsonaro e diz que São Paulo é prioridade após 2020

Carey reitera a vontade da Fórmula 1 em permanecer no Brasil, país que representa, sozinho, cerca de 20% da audiência mundial

Projeto Deodoro: sem investidores e com a falsa informação de que São Paulo sairá

Apesar do presidente Jair Bolsonaro afirmar que o Rio de Janeiro construirá o autódromo Ayrton Senna em 8 meses para que o Rio de Janeiro receba a etapa brasileira de Fórmula 1 em 2020, o presidente executivo da FOM, Chase Carey, empresa que controla os direitos comerciais da categoria, garantiu que São Paulo seguirá, ao menos no próximo ano, como a corrida do Brasil no calendário.

“Temos um acordo firmado com São Paulo para 2020. Temos uma boa relação com São Paulo. Mas temos que resolver o que fazer em 2021. Estamos em negociações com ambas as cidades e apreciamos o interesse das duas cidades, já que o Brasil é um mercado importante para nós e uma parte importante de nossa história. Estamos animado para avançar nessas negociações e seguir adiante, tomar uma decisão.” Chase Carey.

Na semana passada, Bolsonaro assinou, com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e com o governador Wilson Wiztel (PSC) um protocolo de intenções para o GP ir à capital fluminense.

Bolsonaro anunciou com o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, que está em processo de impeachment, uma corrida no Rio usando dados falsos

No Rio de Janeiro, o autódromo ainda teria de ser construído na região de Deodoro. Embora os promotores assegurem que o projeto está adiantado, o processo de concessão da área ainda não foi concluído e ambientalistas têm freado a licitação, uma vez que existe a dúvida se trata-se de uma área de preservação de Mata Atlântica.

A FOM busca acabar com as regalias do Brasil, que atualmente não paga a taxa para receber o GP, diferentemente de 19 das 21 etapas do campeonato. A outra exceção é o GP de Mônaco. A maioria das provas paga de 20 a 25 milhões de dólares anualmente para receber as corridas. A Prefeitura de São Paulo espera Carey em junho na cidade para prosseguir com as negociações.

Independente da escolha, Carey reitera a vontade da Fórmula 1 em permanecer no Brasil, país que representa, sozinho, cerca de 20% da audiência mundial da categoria.