25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

China aumentará tarifas de produtos dos EUA e dólar dispara no Brasil

Donald Trump chegou a alertar chineses para que não retaliassem

Relação comercial entre EUA e China afeta o mercado mundial negativamente

Depois que o governo americano elevarem, de 10% para 25%, as tarifas contra US$ 200 bilhões (R$ 791,4 bilhões) em produtos chineses na semana passada, a China anunciou que vai elevar para 25% as tarifas contra quase 3.000 produtos importados dos Estados Unidos, acirrando a guerra comercial entre as duas potências.

Essa medida envolve US$ 60 bilhões (R$ 237,4 bilhões) em bens americanos importados dos chineses e começa a valer em 1º de junho. O presidente dos EUA, Donald Trump chegou a alertar nesta segunda-feira (13) a China para que não retaliasse e disse que o país seria “duramente afetado se não fizer um acordo”.

Repercussão no Brasil

O cenário externo está afetando o mercado, com investidores cautelosos, monitorando as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O acirramento da guerra comercial entre os dois países mexeu com os mercados e no Brasil não foi diferente: o dólar sobe mais de 1% no pré-mercado e bate os R$ 4.

Às 9h08, o dólar avançava 1,49%, a R$ 4,0029 na venda. O Ibovespa futuro recuava fortemente nos primeiros negócios desta segunda-feira. Às 9h30, o contrato do Ibovespa com vencimento em junho perdia 1,57%, a 92.820 pontos. m Wall Street, o futuro do S&P 500 recuava 2%.

Economistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central já pioraram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019. A previsão para a inflação ao fim do ano não mudou.

As estimativas para a cotação do dólar e para a taxa básica de juros (Selic) também foram mantidas. As projeções desta semana do Boletim Focus para o final de 2019, divulgadas pelo Banco Central são:

  • PIB: caiu de 1,49% para 1,45%
  • Inflação: mantida em 4,04%
  • Dólar: mantida em R$ 3,75
  • Taxa de juros: mantida em 6,5% ao ano