20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Com digitalização de salas de aula, pandemia acentua exclusão escolar

Propaganda do próprio governo, que incentivava o ensino em casa, já fora criticada por causa da exclusão

Propaganda do governo que incentivava o ensino em casa já fora criticada por causa da exclusão

Em relatório divulgado na última semana de junho, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou que 40% de um grupo de mais de 200 países não têm como oferecer apoio a estudantes no ensino a distância, durante a pandemia.

Na descrição sobre o Brasil, foram feitas observações quanto a escolas que aprovam estudantes que não assimilaram de fato os conteúdos e a barreiras enfrentadas pela parcela negra, definidas como “legado de oportunidades limitadas de educação”.

Em abril, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação (PMA) estimaram que cerca de 370 milhões de crianças poderiam ficar sem merenda, como resultado do fechamento das escolas ao longo da crise sanitária.

Os números mostram como alunos socialmente vulneráveis acabam enfrentando mais obstáculos no contexto atual. Agora, a exclusão escolar se amplia com a falta de acesso à internet.

Apesar de ser adotada pelas redes públicas de ensino, como forma de garantir que os estudantes possam dar continuidade aos estudos, a ferramenta não está ao alcance de todos, que precisam utilizá-la para complementar materiais impressos, assistir a aulas online, resolver exercícios ou manter contato com os professores.

MEC

Como exemplo de exclusão escancarada, temos a propaganda da gestão Weintraub, no ministério da Saúde, que ainda forçava pela manutenção do Enem na mesma data deste ano:

Claro, o vídeo foi duramente criticado e alvo de memes e paródias: