25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Com folga, Partido Socialista vence eleições legislativas em Portugal

Partido Socialista de centro-esquerda se manterá no poder, conquistando 20 cadeiras a mais

O acordo do Partido Socialista com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, chamado de Geringonça, deu resultado quatro anos após ter levado António Costa ao cargo de primeiro-ministro de Portugal

Agora, neste domingo (6), o Partido Socialista de centro-esquerda se manterá no poder, conquistando 20 cadeiras a mais, somando 106. E como ainda precisará formar uma coalizão com outras legendas, há chances de a Geringonça voltar à cena.

“Os portugueses gostaram da geringonça… é verdade, gostaram mesmo. E desejam a continuidade da atual solução política agora com um PS mais forte”. António Costa, primeiro-ministro de Portugal, após o resultado das eleições.

A Geringonça é composta na sua maioria por militantes revoltados contra as exigências escorchantes infligidas pelas autoridades europeias durante a crise da divida pública portuguesa, que nunca se rebelou contra o sistema europeu e internacional.

A ultraesquerda, no entanto, pode virar um empecilho. Os partidos vêm pedindo mais investimento público e acusam Costa de ter se aproximado da direita.

Os líderes do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português se disseram abertos a repetir a aliança e a apoiar o nome de Costa para seguir como primeiro-ministro. Como condição, pedem que se comprometa a melhorar a vida dos trabalhadores.

Apoio de Bolsonaro não adiantou

Em 2018, o Partido Nacional Renovador (PNR) declarou apoio à candidatura do capitão no Brasil. Depois espalhou cartazes comemorando sua vitória. “Agora falta em Portugal”, diziam os anúncios.

Mas, nas eleições deste domingo, o PNR recebeu apenas 0,3% dos votos. Com isso, continuará fora do Parlamento. Outra sigla de extrema-direita, o Chega, alcançou 1,3% dos votos. Elegeu um deputado entre os 230 que integram a Assembleia da República.

Primeira mulher negra

Joacine Katar Moreira, primeira mulher negra a se candidatar a premiê de Portugal, conquistou um lugar no Parlamento. Assim como ela, que é do Livre, representantes de outras siglas pequenas, como Chega! e Iniciativa Liberal também conquistaram assentos.