29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Diante do óbvio, líderes mundiais querem ampliar luta contra aquecimento global

Entretanto, apesar dos recordes de temperatura, EUA, China, Japão e Índia ficam de fora da COP 25, em Madri

Líderes mundiais prometeram ampliar a luta contra o aquecimento global no primeiro dia da COP25, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que está sendo realizada em Madri, na Espanha.

Ela reúne líderes de mais de 30 países. Os participantes se comprometeram a agir nos termos do Acordo de Paris, que deverá ser implementado no ano que vem.

No entanto, os líderes dos maiores emissores dos gases causadores do efeito estufa, incluindo os Estados Unidos, a China, a Índia e o Japão, não participam do encontro.

Os EUA, o segundo maior emissor desses gases no mundo, anunciou oficialmente a sua retirada do Acordo de Paris em novembro.

A COP-25 estava prevista para acontecer inicialmente no Brasil, mas o presidente Jair Bolsonaro decidiu não sediar o evento em novembro de 2018, alegando na época falta de recursos. Mas, na verdade, ele nunca se importou com a pauta ambiental.

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, foi pedir dinheiro meses depois de dizer que não precisava da ajuda internacional

Brasil foi pedir dinheiro

No domingo que antecedeu o evento, o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reuniu com o português António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, em busca de recursos ao país por conta do acordo.

Salles pretende utilizar o evento para promover avanços no Artigo 6 do Acordo de Paris. Isso, claro, depois de criticar os países que financiavam a defesa da Amazônia e passaram a criticar o uso do governo Brasileiro com o dinheiro.

No primeiro dia da Conferência Internacional sobre Mudanças Climáticas da ONU, em Madri, o ministro do Meio Ambiente defendeu uma exploração na região que busque o desenvolvimento sustentável.

Mas um representante do Greenpeace ouvido pela CBN cobrou do governo brasileiro a apresentação de um plano de combate ao desmatamento, que cresceu 30% na Amazônia.