O dólar no Brasil fechou a segunda-feira, 25, a R$ 4,26. É considerada a maior alta desde a implantação do Plano Real.
Em outros tempos, numa situação dessas, a sinfonia ruidosa das tampas de panelas estaria ressoando em cada janela ou varanda de apartamentos da classe média brasileira.
Hoje, o silêncio parece emblemático. Nem tanto pela representatividade do fato econômico, mas, talvez, pela covardia cívica de tanta gente que se amofinou em meio a uma trajetória sombria, que vem causando insegurança e incertezas no País, diante da agenda de retrocessos sociais colocada em prática na atualidade.
A classe média se apequenou de tal maneira que é incapaz de ouvir o som ao seu redor. Prefere o silêncio mesmo que incômodo e sofrido.
Ademais, antes, no bate-bate de panelas havia um alvo preferido a ser perseguido, criticado e condenado. Agora, mesmo que chova canivete a cortar perucas de toda ordem, não importa, faça-se silêncio em meio à hipocrisia dessa classe social.
É nesse ritmo que a democracia brasileira dança, com as ameaças de AI-5 e excludente de ilicitude (licença para matar) para quem sonhar em fazer barulho.
Assim, nem latido de cachorro se salva.
A guerra comercial China versus EUA, vitória do poste na Argentina, conflitos na América Latina, a soltura do ladrão honesto brasileiro.. trazem inseguranças aos investidores. Por outro lado, os exportadores estão comemorando essa alta. Mas não esquecemos que a economia está aos frangalhos por conta da quadrilha que assaltou o país.
Curto e direto! Que sirva a carapuça…