24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Empresários se reúnem e defendem reabertura do comércio já em 1º de julho

Associação Comercial e Aliança Comercial pressionam Governo de Alagoas ao final deste decreto

Em mais uma ação mostrando a disposição e anseio pelo retorno das atividades econômicas em Alagoas, representantes dos setores do varejo se reuniram nesta segunda-feira para defender a reabertura do comércio já a partir do dia 1 de julho.

Os empresários afirmam que vários Estados já retomaram suas atividades e que já se adequaram ao decreto alagoano, com adaptações e limpeza de seus estabelecimentos, por causa do novo coronavírus.

“O comércio está pronto e plenamente estruturado para retomada, com observância e aplicação de todas as medidas previstas no protocolo sanitário”. Kennedy Calheiros, presidente da Associação Comercial.

O mesmo valeria para os shoppings. A proposta seguiria, no entanto, semelhante a outros estados: horário reduzido, praça de alimentação com distanciamento, disponibilização de álcool gel, aferição de temperatura, troca de ar constante, portas abertas para maior ventilação, adesivos para indicar o distanciamento entre as pessoas e demais atividades.

No dia 1º de julho se encerra o atual decreto e o setor não consegue mais ficar de braços cruzados. Algumas das lojas estão fechadas desde o final de março, data do primeiro decreto de emergência, há quase 100 dias.

Segundo a Aliança Comercial, a situação está insustentável e a previsão de demissões supera em mais de dois mil trabalhadores sem empregos e que muitas lojas podem nem reabir.

Participaram do encontro a Associação Comercial, Aliança Comercial, os dirigentes dos shoppings da capital, além das associações de lojistas e a OAB.

Pandemia

Sejamos justos: é inviável um estabelecimento durar com as restrições de hoje. Se os grandes sofrem, o que não dizer dos pequenos: mesmo aqueles que podem receber clientes ou que se adaptaram para fazer delivery, os números não estão batendo. Está cada vez mais difícil perdurar mantendo funcionários sem serem demitidos ou mesmo mantendo pontos comerciais longe da falência.

Só que o problema não é a economia: é a pandemia.

Já quase 100 dias com decretos de emergências e restrições no comércio. É horrível para os lojistas e seus funcionários. Situação economicamente temerária. Mas há como ficar pior: com os empresários ou seus empregados morrendo, além de seus próprios consumidores, que foram em vão às ruas, mesmo sem ter dinheiro suficiente para compras que não fariam.

Os números não mentem: se em cifrões está no vermelho, em saúde pode ficar ainda mais crítico. E não é saindo de uma quarentena que nunca entramos que a situação vai melhorar.