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Investigadores turcos se debruçavam, nesta quarta-feira (29), sobre imagens de vídeo e declarações de testemunhas depois que três homens-bomba, supostamente do Estado Islâmico, abriram fogo e se explodiram dentro do principal aeroporto de Istambul, matando 41 pessoas e ferindo quase 240.
O ataque, no terceiro aeroporto mais movimentado da Europa, foi um dos piores de uma série de atentados suicidas nos últimos meses na Turquia, que participa de uma coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico e sofre para tentar conter o transbordamento da guerra na Síria, sua vizinha.
O presidente Tayyip Erdogan disse que o ataque deve servir como um ponto de virada na luta global contra o terrorismo, que, segundo ele, “não respeita fé ou valores”.
Um do agressores abriu fogo na sala de embarque, com um fuzil automático, levando passageiros a se jogarem no chão e tentarem fugir correndo, antes que os três terroristas se explodissem dentro e ao redor da sala de desembarque, que fica um andar abaixo, de acordo com testemunhas e autoridades.
Imagens de vídeo mostraram um dos agressores no interior do aeroporto sendo baleado, aparentemente por um policial. Antes de cair no chão, enquanto pessoas corriam, o homem se explodiu.
“É um quebra-cabeça… As autoridades estão vasculhando imagens do circuito de segurança, declarações de testemunhas”, disse um oficial turco.
A agência de notícias Dogan disse que as autópsias nos três suicidas, cujos torsos foram dilacerados, foram concluídas e que eles podem ser estrangeiros, sem citar suas fontes.
Mais de 12 horas após o ataque, que começou por volta de 21:50 (1850 GMT ), na terça-feira, nenhum grupo assumiu a responsabilidade.
Vítimas de várias nacionalidades
A posição geográfica de Istambul é como uma ponte entre a Europa e a Ásia. O que fez o aeroporto de Ataturk um importante centro de trânsito para os passageiros em todo o mundo. O escritório do governador de Istambul disse que 109 das 239 pessoas hospitalizadas já foram liberadas.
“Havia pequenos bebês chorando, pessoas gritando, vidro quebrado e sangue por todo o chão. Foi muito tumulto, foi um caos. Foi traumático”, disse Diana Eltner, 29, uma psicóloga suíça que estava viajando de Zurique para o Vietnã, mas havia sido desviada para Istambul depois que perdeu uma conexão.
Uma testemunha disse que não só passageiros, mas também a equipe do aeroporto chorou e se abraçou.
*Com informações da Reuters