20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

EUA apoiaram Brasil na entrada da OCDE afinal

Brasil só efetivamente iniciará o trâmite de adesão à OCDE após o aval dos demais membros

Aproximação de Bolsonaro com Trump realiza uma conquista com o gesto dos americano

Os Estados Unidos agora consideram uma prioridade o ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Este foi

O governo americano entregou uma carta à organização oficializando que querem que o Brasil seja o próximo país a iniciar o processo de adesão à entidade, em um gesto ao governo Jair Bolsonaro.

Isso significa que Washington defende que o Brasil ocupe a vaga que era da Argentina na fila de postulantes a um lugar no chamado clube dos países ricos.

“Os EUA querem que o Brasil se torne o próximo país a iniciar o processo de adesão à OCDE. O governo brasileiro está trabalhando para alinhar as suas políticas econômicas aos padrões da OCDE enquanto prioriza a adesão à organização para reforçar as suas reformas políticas”. Embaixada dos EUA em Brasília.

A nova carta corrige a recomendação de outubro, quando o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enviou um documento dizendo que Washington defendia as candidaturas imediatas apenas de Argentina e Romênia.

A formalização do apoio foi costurada em Washington justamente para rebater os argumentos de que o Brasil não estaria recebendo nada em troca das concessões feitas aos americanos.

“A nossa decisão de priorizar a candidatura do Brasil como o próximo país a iniciar o processo é uma evolução natural do compromisso reafirmado pelo secretário de Estado e pelo presidente Trump em outubro de 2019”. Embaixada dos EUA.

A candidatura do Brasil à OCDE vinha sendo trabalhada desde o governo do ex-presidente Michel Temer e se tornou uma prioridade da atual administração.

O Brasil só efetivamente iniciará o trâmite de adesão à OCDE após o aval dos demais membros (atualmente são 36 países), mas novos integrantes não devem ser aceitos até que a OCDE conclua uma negociação sobre o seu ritmo de expansão. Os europeus, por exemplo, querem que mais países sejam aceitos, enquanto que os americanos advogam por uma ampliação mais moderada.