28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Genivaldo: Trabalhadores rurais estão na resistência contra reforma da previdência

Dirigente da Fetag diz que a reforma prejudica os trabalhadores e suaviza para os mais abastados.

Genivaldo Oliveira, dirigente da Fetag em Alagoas.

Dirigente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/AL), Genivaldo Oliveira tem percorrido os sindicatos rurais do Estado para articular a resistência dos trabalhadores contra a reforma da previdência.

Segundo ele, o projeto do governo Bolsonaro intitulado “Nova Previdência”, nada mais é que um ataque à aposentadoria dos mais pobres, principalmente dos trabalhadores rurais que hoje já estão sentindo na pele a dificuldade de requerer o benefício.

“Antes, o homem do campo juntava sua documentação, com o apoio dos sindicatos, dava entrada no instituto de previdência e não demorava dois meses para ter o resultado de sua aposentadoria. Do governo Michel Temer para cá há gente que está esperando um ano e não tem nenhuma informação. Isso, para o trabalhador faz uma diferença enorme”, destacou.

Genivaldo entende que a reforma proposta, além de atingir quem mais precisa, ela amplia a burocracia para o acesso à aposentadoria. “O pior, diz ele, é que ela não faz a justiça social, pois ao tempo em que dificulta a vida do trabalhador, suaviza a situação dos privilegiados, ou seja, de categorias que estão no topo do serviço público no Brasil, com salários acima de R$ 30 mil. Isso é que é triste”, diz.

O dirigente da Fetag disse ainda que na proposta apresentada por Temer, os sindicatos se mobilizaram e deram uma resposta aos parlamentares, que recuaram de uma reforma injusta. Para ele, o momento atual é o mesmo e é necessário uma ampla mobilização dos trabalhadores para evitar o mal na zona rural.

Genivaldo Oliveira declarou também que os sindicatos têm contado com o apoio das câmaras municipais no interior, que realizam audiências públicas para debater o tema e assumem a defesa dos trabalhadores do campo, alvos dessa reforma.

O sindicalista considera que a Câmara dos Deputados sinalizou com um relatório na Comissão Especial, que não vai aceitar as imposições do governo. No entanto, destaca, que a mobilização precisa ser maior, considerando que a votação da reforma será no plenário do Congresso e por isso é preciso continuar atento, para que os parlamentares não traiam às expectativas dos trabalhadores que mais precisam.