20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Governo alagoano apresenta números de crescimento do PIB, acima do índice nacional

Quem mais contribuiu com o bom desempenho foi a agropecuária, com uma variação de 13,26% em relação ao mesmo período do ano passado.

Parece meio paradoxal. Mas num ano em que Alagoas sofreu um abalo na área industrial, com a paralisação das atividades extrativistas da Braskem, e registrou perda significativa por conta de praga na produção de laranja, nossa terceira maior cultura agrícola, o governo do Estado apresenta um crescimento no Produto Interno Bruto (BIP) superior à média nacional, no terceiro trimestre e no acumulado do ano de 2019.

Os números apresentados na manhã desta quinta-feira (19), em entrevista coletiva à imprensa, na sede da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), pelo secretário Fabrício Marques e equipe, mostram um acumulado de 2,44%, de crescimento do PIB, de janeiro a setembro deste ano, comparado ao mesmo período de 2018. Quase duas vezes maior que o desempenho do País, cuja variação, segundo os dados apresentados, foi de 1%.

O levantamento feito pela Superintendência da Informação e do Conhecimento (Sinc), da Seplag leva em conta o desempenho de atividades da agropecuária, serviços e indústria. E de acordo com os dados, quem mais contribuiu com o bom desempenho foi a agropecuária, com uma variação de 13,26% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice é bem superior à variação nacional, que registrou 1,40% no mesmo período, segundo os dados apresentados na coletiva.

Esse fenômeno é atribuído, principalmente, à diversificação da produção agrícola – destacando o reforço no crescimento do cultivo da mandioca e do abacaxi, que estão entre as principais culturas do estado – aliada aos bons sinais de recuperação da cultura canavieira, que cresceu 11,05%, a partir de uma nova política de incentivos fiscais, diz a Seplag.

Em seguida, vem o setor de serviços, onde se situa a administração pública, que se destaca, segundo os levantamentos, pela ampliação da oferta de atendimento na área de saúde e investimento em outros setores, como os de defesa e educação. O setor registrou variação positiva de 1,04% no período de análise, enquanto a média nacional foi de 1,10%.

Já o setor industrial apresentou recuo de 2,44% no acumulado do ano, até o terceiro trimestre de 2019, com quedas acentuadas nas áreas da indústria extrativista, onde se situam as atividades da Braskem, na produção do gás natural, que neste terceiro trimestre, principalmente, registrou uma retração nos investimentos por parte da Petrobras e na indústria de transformação, que também sofreu uma retração considerável, de 9,45%. Embora ainda não se fale em recuperação, a indústria da construção civil registrou variação positiva, atribuída principalmente aos investimentos do governo estadual na construção de novos hospitais.