25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Governo vai apresentar plano para a saída do isolamento, diz Teich

Superficial, ministro da Saúde não falou de maneira clara na primeira coletiva

Teich não expôs de forma clara sobre o que pretende fazer no Ministperio

O governo vai apresentar na semana que vem um modelo para ser usado por Estados nas avaliações sobre a possibilidade de saída do isolamento social, disse nesta quarta-feira (22) o ministro da Saúde, Nelson Teich, que anunciou o general Eduardo Pazuello como secretário-executivo da pasta no lugar de João Gabbardo.

Na sua entrevista coletiva, Teich foi superficial, economizou nas respostas e não se posicionou de maneira clara sobre o fim do isolamento social, apesar de dizer que o modelo já possui uma matriz pronta e deve incluir todas as variáveis possíveis, além de projeções de curto prazo, pois “é impossível” estimar a situação no longo prazo.

O ministro acrescentou que o governo atuará em cada região do país da forma que considerar mais adequada para a área.

O ministério, segundo ele, vai atuar em três vertentes: informação, infraestrutura e diretrizes que permitam a estados e municípios criar políticas em relação ao isolamento e distanciamento social. Na parte de informação, ele disse que um dos principais problemas hoje é que se sabe pouco sobre a Covid-19, o que torna pequeno o poder de tomar decisões. “Você vai fazendo escolhas, mas aquilo é frágil, porque não se sabe exatamente do que está tratando.

Ele chamou atenção também para pessoas com outras doenças, como câncer e cardiopatias, que não estão buscando atendimento médico. “Por mais que foque na Covid-19, que não se esqueça as outras pessoas.”

O ministro citou ainda da criação de um banco de dados para trabalhar com todas essas informações e maior integração com outros grupos do governo. Na parte de infraestrutura, o trabalho será ver como se está cuidando das pessoas hoje.

Pró-Brasil

Na coletiva, o ministro da Casa Civil,  general Walter Braga Netto, falou sobre o plano de retomada da economia, chamado de Pró-Brasil. O objetivo é a reativação de obras públicas com recursos do Tesouro, como forma de evitar uma escalada do desemprego.

Inspirado no “Plano Marshall”, em referência ao programa dos EUA de recuperação de países aliados após da Segunda Guerra Mundial, o programa deve durar dez anos. A proposta enfrenta resistência do Ministério da Economia, sob comando de Paulo Guedes, que não participou da coletiva.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que também é militar, esteve ao lado do ministro general.

“Não é um programa só de governo, é de Estado. A nossa previsão de trabalho deste programa está em um universo temporal de dez anos, até 2030. Estamos pensando a longo prazo”, afirmou Braga Netto