Estou fúcsia com o que li no Blog do Pichonelli, no UOL.
Segundo ele, uma pesquisadora brasileira identificou a existência de 334 células de grupos nazistas em atividade no Brasil.
Adivinha onde está a maioria? Quem respondeu Sul e Sudeste acertou. Mas, pasmem, há registros na região Nordeste, em cidades como Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Feira de Santana (BA) e Rondonópolis (MT).
Heil, dentro!
Os dados foram colhidos pela antropóloga da Unicamp Adriana Abreu Magalhães Dias, uma estudiosa do avanço da extrema-direita no Brasil. Aliás, esse povo é tão palhaço que associa o nazismo à esquerda – há quem diga que o Bigode era comunista.
É muita falta de leitura, pois quem leu o Mein Kampf (livro escrito por Hitler) sabe como ele tinha sérias restrições aos comunistas. Os social-democratas também eram alvo das críticas do rapaz. Isso lembra o discurso de alguém?
Em comum, esta galera tem o ódio no coração. Segundo do o blog, “os grupos se dividem em até 17 movimentos, entre hitleristas, supremacistas/separatistas, de negação do Holocausto ou até mesmo três seções locais da KKK (Ku Klux Klan)”.
Ódio de classe, racial e de genro sempre existiu, mas chama atenção da pesquisadora o fato de que este ódio passou a ter uma articulação e sistematização.
“Uma capilarização como projeto político em muitos lugares. E é impossível remover esse ódio enquanto você não civilizar as pessoas. É um processo muito complexo porque o ódio dá um conforto para elas”, disse.
O ódio dá votos, lota templos e serve direitinho ao projeto de poder político e econômico de hordas que conseguiram chegar ao poder assim.
Isso causa tanta cegueira que tem pobre comemorando o fim do DPVAT, a reforma da Previdência sem atacar privilégios, as políticas de cortes em saúde e educação e o ataque aos direitos trabalhistas.
Tudo por casa do ódio “às gay” e a tudo que implique igualdade, socialmente falando. Como conversei com amigos, a impressão que fica é a de que o povo não quer ser salvo. As pessoas se fecham em suas vidas medíocres e o resto que se dane.
Estamos fracassando enquanto sociedade graças ao ódio e ao sectarismo alimentados por oportunistas que se aproveitam desses sentimentos nada nobres.