Mesmo com a missão de garantir – em primeiro lugar – a saúde da população, o governador Renan Filho (MDB) enfrenta pressões políticas, que já cobra uma melhor flexibilização no comercio alagoano, caso tenha que renovar o decreto de isolamento social (com vencimento para o dia 7 de abril). A cobrança partiu de dois parlamentares da bacada de oposição do Poder Legislativo estadual, na sessão virtual desta sexta-feira, 3, representada pelos deputados Cabo Bebeto (PSL) e Bruno Toledo (PROS).
“Faço um apelo ao governador de Alagoas que use como base, no novo decreto, o equilíbrio, mantendo, obviamente, os critérios científicos para proteger a saúde das pessoas, mas com sensibilidade à causa econômica”, solicitou cautelosamente Toledo.
Já o radicalismo do presidente Bolsonaro, foi entoado pelo deputado Cabo Bebeto, que continua ignorando países desenvolvidos – como a Itália – e pagam o preço de milhares de mortes até os dias de hoje. “Temos dois problemas, um de saúde e outro econômico, e precisamos resolver todos. As pessoas não estão querendo receber esmolas”, disse Bebeto que chegou a sugerir a abertura do comércio com horários reduzidos.
Vale lembrar que há um mês, o país italiano relutava em ampliar medidas de isolamento. Em 21 de fevereiro, a Itália confirmou sua 1ª morte por Covid-19 e registrava apenas 17 casos confirmados. Logo no dia seguinte, o governo italiano anunciou um toque de recolher para 11 cidades da região mais afetada pela doença.
O presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Junior, afirmou que até o momento cerca de 300 pessoas que estavam trabalhando em período de experiência nas lojas já foram dispensadas devido ao isolamento preventivo decretado Governo de Alagoas. Ela ainda adianta que as demissões devem afetar cerca de 1 mil trabalhadores da capital.
“As empresas com pessoal em período de experiência e menor aprendiz estão todas suspendendo ou cancelando os contratos. Todos já estão sendo afastados, pois não há condições de pagar salário de alguém que está em experiência sem estar trabalhando. Para a maioria dos contratados, foram dadas férias coletivas, mas várias empresas já estão preparando demissões. O cenário é o pior possível, tanto para o comércio, quanto para os demais setores”, pontuou Guido Júnior.
Segundo decreto foi mais flexível
Lembrando que desde que renovou o decreto de isolamento – válido até dia 7 de abril -, o governados deu mais uma folga ao comércio de restaurantes e lanchonetes. Esse tipo de estabelecimento pode funcionar por serviços de entrega, inclusive por aplicativo, e na modalidade “Pegue e Leve”. No primeiro decreto, os clientes não podiam ir aos estabelecimentos para comprar alimentos e bebidas.
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