A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) apresentou nesta quarta (4), na CPMIdas Fake News, os resultados de suas investigações sobre o chamado ‘gabinete do ódio’, grupo acusado de montar uma ‘milícia digital’ para atacar opositores políticos do governo Bolsonaro.
Joice afirmou que o gabinete do ódio tem o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filhos do presidente, como ‘mentores’ ou ‘cabeças’. A deputada disse que os irmãos pautam, por meio do gabinete do ódio, a atuação de outros movimentos na internet.
Segundo Hasselmann, assessores parlamentares fazem parte do grupo e que aproximadamente R$ 500 mil (R$ 491 mil) de dinheiro público foram utilizados para ‘perseguir desafetos políticos‘ do presidente.
A congressista citou os nomes de Filipe Martins, Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus e Mateus Diniz como integrantes do fluxograma do gabinete do ódio. De acordo com ela, existem células do grupo em Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará.
Detalhes
Segundo ela, Eduardo Bolsonaro determina o alvo dos ataques. Algumas contas como Bolsofeios, Bolsolindas, Bolsoneas, Carlos Opressor, Presidente Bolsonaro BR e Snapnaro produzem memes e organizam-se para coordenar os ataques.
Em seguida, há a publicação em massa dos produtos em várias contas, sites e blogs de notícias. O 4º passo, segundo a deputada, é o crescimento artificial e impulsionamento de hashtags por meio robôs.
De acordo com Joice, as redes de Bolsonaro e Eduardo dispõem de 1,87 milhões de robôs e cada disparo dos bots pode custar até R$ 20 mil.
Joice Hasselmann afirmou que é preciso investigar mais a fundo a atuação do grupo: “O gabinete do ódio precisa ser freado“
A deputada também afirmou que Carlos Bolsonaro idealizou criação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela para ‘grampear telefones e montar dossiês, investigar’.
De acordo com ela, esse foi 1 dos motivos para que Gustavo Bebianno deixasse o governo. A congressista sugeriu que a CPMI o ouça sobre o assunto.