Por 2 votos a 1, desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ votaram a favor do pedido de Flávio Bolsonaro para que a investigação conduzida pelo MP-RJ sobre o suposto esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) vá para o Órgão Especial do TJ, segunda instância do Tribunal —uma espécie de foro especial.
Os desembargadores mantiveram as decisões do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do TJ-RJ, mas encaminharam o processo ao Órgão Especial. Aadvogada Luciana Pires, que representa Flávio Bolsonaro, vai irá buscar a anulação de todas as decisões em primeira instância.
STF
Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) começaram a discutir reservadamente se o ministro Gilmar Mendes seria ou não o responsável automático por qualquer recurso que venha a ser apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ou por Fabrício Queiroz à corte.
O filho do presidente Jair Bolsonaro é investigado porque teria sido o líder de uma associação criminosa formada para desviar parte dos salários dos servidores de seu gabinete como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Em operação no último dia 18, Queiroz, que foi assessor de Flávio e seria o responsável por recolher os pagamentos dos funcionários, foi preso por decisão da Justiça do Rio de Janeiro. O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
A aposta no STF é que uma eventual relatoria de Gilmar para habeas corpus ou recursos do senador ou de envolvidos no caso darão poder ao ministro e ampliarão a influência dele no governo.