O jornalista Vinicius Firmino esteve acompanhando a eleição do Sindicato dos Professores e viu uma coisa estranha no ar. Viu e escreveu para o blog o que sentiu. Abaixo a íntegra:
Por Vinicius Firmino
A truculência sofrida pelos professores do Paraná repercutiu em todo País, gerando revolta e questionamento contra a ação da PM do Estado. Fazer aquilo foi o mesmo que bater na educação sem dó e piedade. Uma falta de respeito ao progresso.
Pois é. Lá, a ‘lapada vadiou’. Mas ontem em Maceió, dia 8 de maio, na eleição para presidência do Sindicato dos Professores da rede privada de Alagoas (Sinpro-AL), algo estranho ocorreu.
Professores, das duas chapas, aguardavam o resultado do processo democrático. Eis que chega uma viatura policial e analisa o clima pacífico. Durante um período, eles se vão. Minutos depois, o carro volta com reforço.
Sem entender, professores de uma das chapas, questionam ‘Senhor, aqui só tem profissionais da educação. Não acontecerá nada’. Em seguida, um helicóptero sobrevoa a área com seu potente canhão de luz direcionando para o local.
Um dos policiais, meio que ‘sem jeito’, diz: “Gente, voltamos por ordens do próprio secretário de segurança (Alfredo Gaspar de Mendonça). Mas sabemos que nada vai acontecer aqui”, disse o militar num bate-papo amistoso com professores.
Então é assim. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Violência não teve. Mas questionamentos não faltaram. Mais uma vez o professor foi vítima de uma agressão psicológica por parte de nossos representantes que (seja quem for) parece que não aprenderam a ter o respeito pela nossa desprezada educação. Muito menos pelos educadores.
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Depois de jogar bombas em crianças no CEPA, agora o secretário de segurança de Alagoas inova, querendo impor toque de recolher até em atividades sindicais. É uma vergonha!