20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Lacen triplica produção de exames e já fez mais de 1.500 testes para detectar Covid-19 em AL

Laborátorio Central de Alagoas está funcionando 24 horas durante todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos, para ampliar testagem

Desde 19 de março, o Lacen já realizou mais de 1.500 exames para detecção da doença e passou a funcionar todos os dias – incluindo sábados e domingos, 24 horas. Foto: Carla Cleto

O Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) iniciou a realização de testes para detectar a Covid-19 no dia 19 de março. De lá pra cá, já realizou mais de 1.500 exames para detecção da doença e passou a funcionar todos os dias – incluindo sábados e domingos, 24 horas.

No início, o laboratório entregava uma média de 40 exames diariamente. Agora, cerca de um mês depois, a unidade triplicou o número e chega a realizar 120 testes a cada 24 horas.

O aumento exponencial na produção do laboratório em tão pouco tempo ocorreu em função da otimização dos processos, acredita o diretor da unidade, Anderson Leite, que é biólogo com doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“Desde a chegada do material à inclusão no processo de trabalho. Também fizemos uma otimização do material humano que temos lá, que são profissionais do mais alto gabarito”. Anderson Leite, diretor da unidade.

O teste para detectar a presença do vírus é considerado minucioso, de uma área especializada (biologia molecular) e que conta com oito técnicos para realizar os procedimentos diretamente ligados às amostras de casos suspeitos coletadas nos hospitais e unidades de pronto-atendimento. O laboratório continua a atender a demanda para outras endemias.

“Ainda temos dengue, zika, doença de Chagas, chikungunya, leptospirose e a tuberculose não deu trégua. E o Lacen, por ser um laboratório de saúde pública de referência no Estado, continua a receber esses diagnósticos”. Anderson Leite.

Parceria com a Ufal

Outra novidade anunciada pelo gerente foi o início dos testes para Covid-19 realizados em parceria com o laboratório da Ufal. A perspectiva é que, por lá, sejam entregues pelo menos mais 90 testes por dia.

“O reforço da Ufal é de extrema importância. Depois que eu fui inserido no Lacen, priorizei a parceria, que não foi proposta agora. A Ufal se prontificou de imediato a nos auxiliar nesse período, mas precisávamos ter uma conversa e ajustar os ponteiros antes que de fato déssemos início ao trabalho”. Anderson Leite.

Outro reforço para realização virá de um laboratório privado, licenciado pelo Ministério da Saúde. Ao todo, serão mais 2.200 testes providenciados por meio de contrato com o Governo do Estado.

Prioridades

Atualmente, o Lacen recebe todos os dias uma média 150 coletas de casos suspeitos. Número que deve aumentar com o agravamento da transmissão comunitária. Com o objetivo de salvar o maior número de vidas, o laboratório estabeleceu um protocolo de prioridades para realização dos testes.

O primeiro critério é a amostra do paciente considerado grave.

“Esse paciente precisa de um diagnóstico ‘para ontem’. O prognóstico dele é uma interrogação para o médico. E ainda por cima, ele está em isolamento. Caso não apresente Covid-19 ou nenhuma outra síndrome gripal que exige isolamento, ele tem que sair de lá urgentemente para dar a vaga para outra pessoa. Por isso, esse paciente é prioritário”. Anderson Leite.

A outra prioridade são os óbitos. Os profissionais que atuam na área de saúde e de segurança pública são o terceiro critério de prioridade. Há testes específicos enviados pelo Ministério da Saúde para esses casos.

“Mas ao menor sinal de agravamento, esse profissional pula para a primeira prioridade”. Anderson Leite.