Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estão reunidos no escritório do Rio de Janeiro para a consolidação dos dados, debate dos resultados e elaboração do relatório sobre as origens da instabilidade do bairro Pinheiro
O documento deve ficar pronto na próxima semana, dentro do prazo previsto, dando prioridade nas ações para o diagnóstico e monitoramento da instabilidade geológica, conforme determinação do Ministério de Minas e Energia (MME) a CPRM.
A equipe técnica multidisciplinar da CPRM trabalha para elaboração de um modelo conceitual sobre o fenômeno geológico, cenários e proposições para consolidação geotécnica da região.
Os estudos estão em uma fase importante, que consiste na interpretação dos dados e informações coletadas por intermédio de métodos geofísicos, imagens de satélite, geologia estrutural, sísmicos, geotécnicos, do histórico de uso e ocupação e da infraestrutura urbana, para a real compreensão do fenômeno que afeta o bairro.
Protestos
Afetados por afundamento de solo e rachaduras nos imóveis, moradores do Pinheiro, Mutangue e Bebedouro, bairros em estado de calamidade, fizeram nesta quinta (25) um protesto na Avenida Moreira e Silva, no Farol, em frente à Praça do Centenário, pelo bloqueio de R$ 6,7 bilhões das contas da Braskem e pela divulgação do relatório final da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)
Com cartazes, faixas e carro de som, os manifestantes cobram agilidade na solução do afundamento e rachaduras nos bairros. O bloqueio bilionário foi pedido pelo Ministério Público, mas o Poder Judiciário determinou apenas R$ 100 milhões em bloqueios. Outros R$ 2 bilhões já estão proibidos de serem divididos de lucros entre os acionistas.