20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Negociações falham e servidores de Maceió entrarão em greve

Categoria pede 15,41% de reposição inflacionária, enquanto governo Rui Palmeira apresentou proposta de apenas 3%

Nesta quinta-feira (12), o Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió informou à Prefeitura da Capital que vai paralisar os serviços de secretarias e entidades, a partir da próxima terça (17), por tempo indeterminado. A categoria pede 15,41% de reposição inflacionária e informou sobre a greve após assembleia no Clube Fênix Alagoana.

De acordo com Sidney Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió, o Município não concederá o mínimo ao funcionalismo, que é a reposição inflacionária de três anos, assim como a implantação do data-base, que deveria ter ocorrido em janeiro deste ano, sendo implementado apenas em maio e sem nenhum retroativo.

“Como se não bastasse, tem a progressão por mérito que o prefeito não deu valor. De dois em dois anos, temos direito a 5% de aumento pelo Plano de Carreiras. No momento, o Município atrasa duas progressões”, pontuou Lopes.

Em resposta à greve, o Município divulgou a seguinte nota:

A proposta de reajuste de 3% ofertada pela Prefeitura de Maceió é o percentual possível, considerando a capacidade financeira do Município e respeitando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O reajuste proposto está dentro da média concedida pelas capitais, de acordo com informações do Fórum Nacional de Secretários Municipais de Administração das Capitais (Fonac). Maceió registrou cortes significativos nos repasses federais, mas a Prefeitura tem mantido como prioridade a regularidade no pagamento da folha salarial.

Greve em 2017

Em novembro de 2017, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) declarou ilegal a greve promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió (Sindspref) em junho deste ano. A decisão, proferida nessa terça-feira (21), teve como relator o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto.

Os servidores de Maceió deflagraram greve no dia 22 de junho deste ano. A categoria pleiteava reajuste salarial de 16,09%. No mesmo dia, a Justiça concedeu liminar favorável ao Município e determinou o retorno da categoria ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil.