Mesmo evitando debates, a sucessão de falas radicais dos Bolsonaro segue ampliando os nomes a favor de Fernando Haddad na reta final da eleição. Depois dos comentários sobre o fechamento do STF, que gerou revolta dos ministros, e perseguição a opositores em discurso na av. Paulista, o PSDB decidiu discutir a elaboração de um manifesto contrário.
Um aliado dos petistas admitiu: com suas polêmicas, os Bolsonaro vão construir a aliança que Haddad não conseguiu. Até mesmo o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que participa das discussões sobre o documento em defesa do Estado Democrático de Direito, tende a apoiar o petista. Só não o faz pelos empecilhos políticos entre os partidos.
Candidata da Rede à Presidência da República no primeiro turno, a ex-ministra Marina Silva divulgou uma nota na qual afirmou que dará “voto crítico” ao candidato do PT, Fernando Haddad. Ele disputará o segundo turno com Jair Bolsonaro (PSL).
Outro candidato derrotado no primeiro turno, José Maria Eymael (DC), publicou uma mensagem em seu perfil no Facebook declarando apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, após as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro (PSL), virem a público. Segundo Eymael, os comentários “afastam qualquer possibilidade de neutralidade”.
“Proponho ao Candidato a Presidente, Fernando Haddad, que ULTRAPASSE as fronteiras do PT e firme, com as Lideranças Político Partidárias Democráticas do País, o PACTO NACIONAL PELA DEMOCRACIA NO BRASIL!” Sinais, fortes sinais.