29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Médicos alegam problemas no PAM Salgadinho e temem desabamento

Sinmed de Alagoas convoca imprensa para divulgar documento que denuncia graves problemas estruturais no prédio municipal que não passa por manutenção há quase duas décadas

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL) fará uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (16), às 8 horas, em sua sede, localizada no Trapiche da Barra, para divulgar um relatório elaborado em junho e encaminhado ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL). O documento denuncia graves problemas estruturais no prédio onde funciona o Posto de Atendimento Médico do Salgadinho (PAM Salgadinho), que é o maior da rede municipal. No local, já ocorreu o desabamento do teto da sala de pequenas cirurgias (que foi desativada e nunca voltou a funcionar) e dois incêndios. Com as chuvas dos últimos dias a situação piorou e os médicos temem que partes do prédio desabem.

Sem passar por manutenção há quase duas décadas, o prédio apresenta vazamentos e infiltrações em vários pontos do teto, das paredes e do piso. Encanamentos de águas servidas vivem entupidos, a maioria dos banheiros está interditada e consultórios não funcionam por conta da falta de água ou de vazamento nas torneiras. As instalações elétricas também são precárias – antigas, subdimensionadas e sem manutenção. Já ocorreram dois incêndios provocados por curtos-circuitos.

Em junho, além do relatório encaminhado ao MPE/AL, o Sinmed encaminhou ofícios ao Corpo de Bombeiros Militar, CREA/AL e Defesa Civil, solicitando vistoria do prédio para avaliação de riscos. Apenas o Conselho de Engenharia respondeu, um mês depois, alegando que só fiscaliza obras, o que impediria a fiscalização no prédio do PAM Salgadinho.

Problemas “normais”

De acordo com as denúncias dos médicos, que levaram o Sinmed a visitar o local e elaborar o relatório, tirando as questões da estrutura física, outros problemas existentes no PAM Salgadinho são “normais” – ou seja, comuns a toda a rede de saúde pública de saúde. Faltam equipamentos, a farmácia vive desabastecida, consultas com especialistas ficam prejudicadas por falta de aparelhos básicos (principalmente na oftalmologia e na otorrinolaringologia), raio-X está quebrado, mamógrafo idem, o mesmo acontecendo com o ultrassom.

Por conta disso, o Sinmed acrescentou às denúncias sobre a estrutura física um panorama da situação do posto, incluindo a falta de condições de assistência à população. O documento será entregue aos jornalista digitalizado e com fotos. Além da diretoria do sindicato, médicos do PAM estarão presentes e poderão responder perguntas sobre a situação de trabalho no local.