Os avanços e as dificuldades para a efetivação da defesa das mulheres vítimas de violência doméstica, no Brasil, vão estar na pauta da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, neste último dia do evento.
A mesa redonda ” 13 anos da Lei Maria da Penha e as Marias que não calam: o perfil da violência contra a mulher em Alagoas” vai acontecer a partir das 17 horas, na Associação Comercial, no Jaraguá.
A ideia da discussão dessa temática durante a Bienal foi da professora Andrea Pacheco, do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que é coordenadora do Núcleo de Estudos Frida Kahlo. Além dela, também vão participar do debate a advogada Paula Lopes, coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos das Mulhereses (CDDM), a major Daniele Assunção, da Patrulha Maria da Penha, e representantes do Movimento Mulheres Camponesas.
“Dentro dessa proposta, ficamos com o papel de explicar um pouco os avanços da Lei (11.340/2006) e falar um pouco do perfil das mulheres atendidas, em Alagoas. Também vamos levantar alguns questionamentos. O que realmente está sendo eficaz? Quais as principais dificuldades? Além de fazer um recorte sobre a atuação do CDDM na periferia de Maceió”, adirma a advogada Paula Lopes.
“Essas mulheres são estimuladas a denunciar e, muitas vezes, caem numa rede cheia de buracos, que acaba não sendo tão eficaz. Mesmo assim, conseguem resistir, prosseguir, dar continuidade às suas vidas”, analisa a coordenadora do CDDM, que funciona no Conjunto Santos Dumont, em Maceió. Durante o evento,, vítimas de violência atendidas pelo CDDM vão compartilhar suas vivências com o público, em um gesto de empoderamento, coragem e resistência.
Sugestão de Leitura
Quem desejar conhecer em detalhes a história de Maria da Penha, não deixe de adquirir a obra “Sobrevivi… posso contar’, na qual a própria relata sua trajetória de luta e resistência. Luta que acabou resultando na Lei Maria da Penha e em diversos outros instrumentos de prevenção e combate à violência contra a mulher no Brasil.
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