Com o caso Queiroz no calcanhar da família e vendo o mandato correr perigo em consequência das próprias trapalhadas, Jair Bolsonaro baixou o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Os militares do governo perceberam que não havia para onde ir com o permanente estágio de beligerância do presidente da República. Daí montaram uma operação comportamental para evitar os conflitos e tocar o barco de forma menos explosiva.
Ou quem sabe, de maneira bem mais moderada.
O eternamente ávido Centrão é parte disso. Com ele unido é possível evitar desconfortos em votações importantes no Legislativo, muito embora o preço a ser pago é bem característico da antes execrada “velha política”.
Os encontros da última semana de Bolsonaro com o Presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, foram organizados pela ala militar do Planalto, para se estabelecer uma cultura de paz entre as instituições.
O bloco militar percebeu que governar não é passar o dia nas redes sociais dizendo impropérios e criando crises. Busca-se um aí um grande acordão – inclusive com outros agentes políticos – que possibilite tocar o governo com menos problemas que até então.
Certamente que para o estilo de ser bolsonarista isso funciona como uma espécie de camisa de força no mandatário. Só que diante das patacoadas diárias do chefe da Nação, o prestígio dos militares dentro do governo estava sendo colocado em cheque. Eles, então, resolveram intervir de forma estratégica.
Se isso dará certo só o tempo dirá.