25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Moradores de Bebedouro protestam e cobram agilidade da Braskem

Empresa é responsável por rachaduras e instabilidade no solo da região, após décadas de extração de sal-gema

Concentrados na Praça Lucena Maranhão, no Bebedouro, moradores de um dos bairros mais atingidos pela instabilidade do solo protestaram, na manhã desta sexta (10), contra a Braskem.

Os moradores cobram mais agilidade no atendimento e agendamento das visitas técnicas aos imóveis realizadas pela junta técnica da Defesa Civil Municipal e Nacional e da Braskem. Segundo o calendário atual, há construção que só receberiam vistoria em outubro.

A empresa é responsável pelas rachaduras e instabilidade no solo da região, após décadas de extração de sal-gema. Com faixas e gritos com palavras de ordem, os moradores caminharam até a unidade da Braskem, no Mutange – outro bairro de Maceió, também atingido.

O protesto aconteceu um dia depois de divulgar “avanços significativos” graças ao Termo de Acordo assinado em janeiro entre Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Alagoas, Defensoria Pública da União, para a desocupação de cerca de 4.500 imóveis nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.

Também foi reivindicado a ampliação da área realocação, como o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) já havia publicado na última atualização do Mapa de Setorização. Ainda não há previsão para a inclusão de imóveis, antes na área de Criticidade 01, na nova zona do mapa.

Sobre a inclusão de cerca de 1.918 imóveis na área de realocação, conforme levantamento da Defesa Civil, a Braskem afirmou que a medida vem sendo discutida com as autoridades, visando a adequação das ações nos bairros em comum acordo.

Os moradores foram orientados sobre o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e distanciamento, conforme exige o decreto de emergência para o combate da Covid-19.

Nota da Brakem:

A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera a sua preocupação em priorizar a segurança das pessoas. Após seis meses do acordo firmado com as autoridades públicas, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação já realizou 2.618 mudanças de famílias das áreas de risco. Além disso, 721 propostas de compensação financeira foram aceitas pelos moradores. As negociações continuam acontecendo à distância, por conta da pandemia de covid-19, e seguem o cronograma homologado pela justiça“.