Em entrevista para a Rádio Jornal Caruaru na manhã desta segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro negou que soltura do ex-presidente Lula fosse uma ameça para a ordem pública.
Na verdade, Moro, juiz da Lava Jato durante a condenação do ex-presidente, foi além e disse que nem gostava de falar sobre o assunto.
“O ex-presidente Lula, eu nem gosto muito de falar dele. Sinceramente ele faz parte do meu passado e do passado do país”. Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública.
Ele fazia campanha de seu pacote anticrime, proposta que tem o objetivo de ter mais efetividade para combater a corrupção, crimes organizados e crimes violentos.
“Estamos tomando várias ações importantes na área da segurança pública. Para que possamos avançar mais na redução da criminalidade, precisamos ter o apoio do legislativo”. Sérgio Moro.
Ao ser questionado sobre qual das modificações de lei propostas pelo projeto anti crime o ministro destacaria, Sergio Moro apontou três, dentre eles o julgamento em 1ª instância.
“Um dos fatores que estimula a prática de crimes é a impunidade. Nós propomos que a decisão do júri passe a valer na primeira instância. Quando alguém é condenado, ele já começa a cumprir a pena”. Sergio Moro.
Em relação a discussão da prisão em 2ª instância que será discutida no próximo ano, o ministro afirma que gostaria de vê-la aprovada o quanto antes.
“É uma questão simples, mas as coisas devem acontecer. Se alguém foi absolvido de um crime, a pessoa fica tranquila. Mas se a pessoa foi condenada, ela precisa sofrer as consequências, senão o sistema não funciona”. Sergio Moro.