19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

MPT e Sindicato discutem situação de bancários durante o atendimento presencial nas agências

Representantes da categoria demostraram preocupação com aglomeração, cumprimento de metas e outros assuntos, durante a pandemia do Covid-19

O Sindicato dos Bancários de Alagoas solicitou ao Ministério Público do Trabalho (MPT), na última terça-feira, 31, a colaboração da instituição trabalhista na busca da proteção da saúde dos trabalhadores que laboram nas agências bancárias do estado, diante da pandemia do novo coronavírus.

Durante reunião com o procurador-chefe do MPT, Rafael Gazzaneo, representantes do sindicato entregaram um documento com o relato das principais dificuldades enfrentadas.

Com os bancos funcionando, por serem considerados atividades essenciais, uma das preocupações da categoria é com a exposição dos trabalhadores, seja nos caixas de atendimento direto ou nas máquinas de autoatendimento, já que os bancários laboram onde há circulação de clientes.

O sindicato também informou que solicitou ao Governo do Estado a inclusão do atendimento presencial nos bancos – exceto os atendimentos essenciais – entre as atividades suspensas pelo Decreto 69.541.

Além da preocupação com a exposição dos bancários, o sindicato também relatou a falta de sensibilidade de alguns bancos que continuam exigindo o cumprimento de metas por seus empregados.

Ainda segundo a denúncia, algumas agências bancárias estão colocando em prática a medida provisória do Governo Federal, mesmo sem ainda ter sido aprovada pelo Congresso Nacional, que autoriza a antecipação de férias e de feriados, e flexibiliza as férias coletivas, o teletrabalho e o chamado banco de horas durante a pandemia do Covid-19.

Rafael Gazzaneo ressaltou que há uma preocupação nacional do Ministério Público do Trabalho com a saúde dos bancários, já que as agências continuam em funcionamento. O procurador recomendou que a categoria reúna provas para que o MPT possa avaliar a situação e adotar as medidas que forem necessárias.

“Entendemos que a preocupação dos bancários é válida, e estamos atentos às situações de ilegalidade que os bancos podem vir a cometer. O cumprimento de metas numa crise como esta, por exemplo, demonstra falta de sensibilidade e é algo que tem que ser apurado e denunciado”. Rafael Gazzaneo, procurador-chefe do MPT.

O Sindicato dos Bancários deve protocolar oficialmente, junto ao Ministério Público do Trabalho, as denúncias relatadas durante a reunião.