29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Nem Selic por 3,75% ao ano ajudou: Bolsa despenca e dólar dispara nessa quarta

O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 5,198, com alta de R$ 0,195 (3,9%)

Em meio à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia pela sexta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 3,75% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual.

A decisão surpreendeu os analistas financeiros. Segundo a pesquisa Focus do BC, a maior parte dos agentes econômicos esperava a redução dos juros básicos para 4% ao ano nesta reunião e um corte adicional, para 3,75%, antes do fim de 2020.

Entretanto, em mais um dia de pânico nos mercados globais, a bolsa de valores caiu pouco mais de 10% e voltou aos níveis de agosto de 2017. O dólar aproximou-se de R$ 5,20 e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real.

O índice Ibovespa, da B3, a bolsa de valores brasileira, fechou esta quarta-feira (18) aos 66.895 pontos, com queda de 10,35%. Pela sexta vez em dez dias, a bolsa acionou o circuit breaker, mecanismo que suspende as negociações quando o índice cai mais de 10%. Das 13h18 às 13h53, a B3 ficou paralisada, mas o Ibovespa continuou a cair após a retomada da sessão.

circuit breaker quase foi acionado pela segunda vez por volta das 14h. Caso o índice caísse mais de 15%, as operações seriam interrompidas por uma hora. No entanto, o Ibovespa reagiu na hora final da sessão, com a queda estabilizando-se em torno dos 10%.

O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 5,198, com alta de R$ 0,195 (+3,9%), na maior cotação nominal desde a criação do real. A divisa começou o dia vendida em torno de R$ 5,20, mas o Banco Central (BC) interveio no mercado.

O dólar foi negociado em torno de R$ 5,13, mas voltou a subir no fim da tarde. Na máxima do dia, por volta das 16h, a cotação bateu em R$ 5,24, mas desacelerou após nova atuação do BC.

Agência Brasil