Em visita ao museu do Holocausto de Israel, um memorial às mais de 6 milhões de vítimas do nazismo na Segunda Guerra Mundial, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) respondeu sobre a opinião do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e não titubeou: para ele, o nazismo é um partido de esquerda. “Sem dúvidas. É o Partido Nacional Socialista da Alemanha”, disse o presidente.
“É uma frase minha, que creio que cabe neste local, onde fazemos um exame de consciência: Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro!. Eu amo Israel”. Jair Bolsonaro, PSL.
Os historiadores, incluindo os do Yad Vashem, museu visitado pelo presidente, é de que o nazismo foi um movimento radical de direita. O movimento liderado por Adolf Hitler foi eleito pelo voto popular no início do século 20 e culminou com a morte de milhões de judeus.
Na última semana, Ernesto Araújo, que acompanha Bolsonaro na viagem, afirmou que o nazismo seria um regime de esquerda. Araújo chegou a escrever um texto em seu blog, Metapolítica 17, reafirmando sua posição.
“Livres dessa inibição, podemos facilmente notar que o nazismo tinha traços fundamentais que recomendam classificá-lo na esquerda do espectro político”. Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores.
Museu do Holocausto
Em seu site, a instituição traz um breve histórico sobre a ascensão do partido nazista na Alemanha entre guerras.Ao abordar a situação alemã após o Tratado de Versailles, que selou a paz entre as principais potências europeias após a Primeira Guerra, o museu explica que havia um clima de frustração que:
“Junto a intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista”. Trecho do site do Museu do Holocausto.