26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade

Opinião

A ilusão de um Black Friday, à meia-noite em um supermercado

A ilusão de um Black Friday, à meia-noite em um supermercado

Economia, Opinião
Este que vos escreve mora ao lado de um supermercado de Maceió. Este estabelecimento anunciou que abriria as portas à meia-noite para  a promoção do Black Friday. "Ofertas que você não pode perder". Como as que acontecem no comércio de todo o Estado e Brasil nesta sexta-feira (23). Mesmo sem os preços anunciados previamente, meu único esforço seria atravessar a rua, ainda que à meia-noite, para checar as ofertas. Claro, as portas estavam lotadas. Dezenas de pessoas munidas com carrinhos e esperança de enchê-los com produtos em oferta. Não vou negar: a experiência foi divertida. Uma porta distante abriu primeiro, quem se deparou com a fechada começou a bater para que abrissem. Sem sucesso, todos correram para o acesso livre, alguns com seus carrinhos, e após o engarrafamento na esteir
Bolsonaro: Brasileiro não sabe o que é ditadura

Bolsonaro: Brasileiro não sabe o que é ditadura

Brasil, Opinião
Após conversar por telefone com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, o presidente eleito Jair Bolsonaro chegou à conclusão de que o brasileiro não sabe o que é ditadura". Ele usou o país húngaro como exemplo, que, segundo suas palavras, "sofreu muito com o comunismo no passado, tem um povo que sabe o que é ditadura. O povo brasileiro não sabe o que é ditadura aqui ainda. Não sabe o que é sofrer nas mãos dessas pessoas”, afirmou a jornalistas. Ato falho ou não, é curioso a declaração do presidente eleito. Ao dizer que o brasileiro não conhece "ainda", parece soar como promessa. Além disso, parece que da mesma forma existe um sofrimento não mão de outras pessoas. De qualquer forma, Bolsonaro pode estar certo. O brasileiro médio teve educação tão precária que realmente não s
Regina Duarte diz que “homofobia de Bolsonaro é da boca pra fora”

Regina Duarte diz que “homofobia de Bolsonaro é da boca pra fora”

Brasil, Opinião
Foi só anunciar apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) que a atriz Regina Duarte ganhou 300 mil seguidores no Instagram, em apenas quatro dias. Ela tornou-se notória então por ser um dos raros nomes da classe artística a abraçar a candidatura bolsonarista. E não sem causar polêmica. Regina disse interpretar as declarações consideradas homofóbicas e racistas do candidato como frutos de um homem com um “humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas, mas que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”. Ela afirmou que ele tem "um jeito masculino, como meu pai, que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha". Na verdade, moça, seu pai, Bolsonaro e você
Não há mais diálogo: Bolhas da internet favorecem fake news

Não há mais diálogo: Bolhas da internet favorecem fake news

Brasil, Opinião
O segundo turno das eleições presidenciais deixaram o brasileiro com saudades do clima, agora, amistoso entre Dilma e Aécio em 2014. Se brigas eram comuns entre eleitores da petistas e do tucano, a coisa partiu para um cenário quase bélico entre os simpatizantes de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Nunca no Brasil as redes sociais tiveram tanta força em uma eleição, como nesta de 2018. E fechados no conforto de seus grupos de WhatsApp os eleitores brasileiros parecem falar sozinhos ou de frente para os próprios espelhos: eles apenas replicam pensamentos semelhantes aos seus, sem o uso do contraditório: quem pensa diferente não é ouvido e nem bem vindo. Independente dos grupos serem de família, amigos ou qualquer tipo de profissionais, as cisões acontecem aos montes. Se fam
Feminista, sim, e por que não?

Feminista, sim, e por que não?

Blog da Graça Carvalho, Opinião
Mulheres são mulheres. Não importa se gostam de homem, se gostam de mulher ou se querem ser celibatárias. Mulheres sentem, amam, acertam muito e erram feio também. Mulheres gozam, vibram e, em sua maioria, têm um olhar compadecido para a dor das minorias, ainda que, muitas vezes se omitam, quando deveriam demonstrar sua indignação. Então, é de se perguntar o que está ocorrendo com mulheres que, com palavras e gestos de ódio  e manifestações de desapreço apoiam atos abomináveis,  a exemplo do ocorrido no último domingo, em Recife, esquecendo de si mesmas, de sua condição feminina. Que se olhe torto para o movimento feminista por uma discordância ideológica ou mesmo de ordem religiosa, ali ou acolá, normal. Há espaço para divergência numa democracia, mas não dá para deixar de reconh
O alô virtual e os riscos da agilidade fria dos aplicativos

O alô virtual e os riscos da agilidade fria dos aplicativos

Blog da Graça Carvalho, Opinião
(*) Por Fátima Almeida Houve um tempo em que o ‘trimm’ estridente do telefone era o som mais esperado dentro de casa. Notícias de alguém muito querido, momento de conversar, ouvir a voz, matar saudades… Aos poucos, aquele toque quase universal foi substituído por suaves melodias do celular, em qualquer lugar, na palma da mão, permitindo a interação com amigos e familiares, de onde estivesse, com uma simples chamada. Era essa a função do celular: ligar e receber chamadas de qualquer lugar onde houvesse sinal.. Hoje essa função fica cada vez mais rara, com o advento das redes sociais e de aplicativos diversos, criados para facilitar a comunicação e facilitar a vida das pessoas. De repente tarefas que levavam horas do nosso dia, como ir ao banco, pagar contas, estão alí, na
Procura-se um novo Brasil e um novo brasileiro

Procura-se um novo Brasil e um novo brasileiro

Opinião
Por Rogério Costa* O Brasil está dividido, fragmentado...quebrado. Para onde este gigante desgovernado vai? Ninguém sabe. Satisfeitos senhores do mercado? Está ruim e vai ficar pior... Sabe porque? Perdemos o rumo. O brasileiro é emotivo, passional e sugestionável. Marias e Josés que vão com os outros. Os Poderes estão em guerra. A Nação rachada. As instituições contaminadas. O povo inflamado. A violência explodindo, a fome mais presente do que nunca. O país cheio de bandeiras de luta. A dura realidade aos olhos. Nem a fé tem salvo este país. Guerras santas por todos os lados. Crianças morrem todos os dias Assassinatos em massa. Aqui, se for negro, puta e pobre, pior ainda. Tráfico de drogas, dependência química, loucura...mentes insanas. O "jeitinho brasileiro
Gilmar Mendes é aplaudido quando erra e vaiado quando acerta, diz Mario Rosa

Gilmar Mendes é aplaudido quando erra e vaiado quando acerta, diz Mario Rosa

Artigo, Opinião
Por Mario Rosa Esta é a incrível e triste história de um menino chamado Gilmar. E como é uma fábula, é preciso começar como começam tooooodas as fábulas. Era uma vez um menino chamado Gilmar. A vida havia lhe aprontado uma grande peraltice: toda vez que ele acertava, era estrepitosamente vaiado. Jogavam-lhe tomates. Era xingado. Ao menor acerto, por menor que fosse a corrrecao de suas atos, era impiedosamente castigado. Mas…bastava ele errar, cometer um desatino, um absurdo, uma barbaridade, e aplausos ecoavam de todos os lados. O menino era ovacionado. O menino Gilmar caminhava assim nesse mundo invertido. Certa vez, deu-lhe na telha que prender sem condenação definitiva era o melhor a fazer em relação aos seus vizinhos e aos vizinhos de seus vizinhos. E não é que os vizin
O golpe sem tanques, segundo Xico Sá, no jornal El País

O golpe sem tanques, segundo Xico Sá, no jornal El País

Opinião
Faço de tudo, mas não consigo. Juro que me esforço para dizer que não se trata de uma tramoia, uma farsa, um golpe parlamentar, juro, vasculho, investigo, leio de tudo —sou aquele cara que lia e lê tanta notícia, lembra, o sujeito indefinido de cuja existência o Caetano duvidava, vide a faixa “Alegria, Alegria”? Sim, canção também conhecida como “Caminhando contra o vento”. Por que não, por que não? Nada de novo sob o sol na banca de revistas, e nesse Eclesiastes permanente, juro que tento entender aquele belo diálogo patriótico entre o sr. Sérgio Machado e Romero Jucá e, juro, vomito como um Bukowski chegando em casa depois de um porre de uma quinzena. Por favor, me ajude, preciso entender, sob qual aspecto, como aquele diálogo impertinente pode ser interpretado fora do xadrez golpista

Artigo: Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Artigo, Justiça, Opinião
Uma triste constatação, no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo – 28 de janeiro: O Brasil ainda convive com casos de exploração subumana de trabalhadores. Em 2015, quase mil trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão no país, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Em artigo que publicamos abaixo, o procurador do Trabalho Tiago Muniz relembra o caso de Unaí (MG) - onde quatro auditores fiscais do trabalho foram assassinados numa emboscada, há 12 anos -  e destaca que, tão importante quanto números, é a necessidade de levar a sociedade a compreender o conceito real da palavra escravidão e reagir diante das tentativas de desconstrução do conceito jurídico do trabalho escravo. Confira: Combate ao trabalho escravo No dia 28 de janeiro de 2004,