O novo presidente do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) será o arquiteto mineiro Flávio de Paula Moura, segundo confirmou a Secretaria Especial de Cultura nesta sexta-feira.
Cargo esse que foi alvo de uma queda de braço entre o ministro Marcelo Álvaro Antônio e o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim (o secretário que dias depois, faria um discurso nazista).
Em dezembro de 2019, Antônio chegou a nomear a arquiteta Luciana Féres para a presidência do Iphan, porém o decreto foi suspenso no mesmo dia a pedido de Alvim.
O Iphan é uma autarquia federal do Governo do Brasil, criada em 1937, vinculada ao Ministério do Turismo, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país.
E a dança das cadeiras mostra que, se levado em conta o currículo dos novos contratados, um desmonte do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional é questão de tempo. Após a discussão de ideologia na educação, o mesmo na cultura era o passo natural.
Meritocracia nos novos nomes
Flávio de Paula, formado em arquitetura apenas em 2011, teve a vantagem de sua mãe ter trabalhado com Roberto Alvim. Ele substituirá Kátia Bogéa, servidora de carreira.
Na direção, o novo nome é Ione Ferreira, ex-mulher do senador José Fogaça (MDB-RS), e que foi indicada pelo atual namorado, o secretário Especial de Cultura, José Martins. Ela assumira no lugar do ex-diretor Dr. Andrey Schlee, doutor em arquitetura pela USP e professor titular da UNB.
Indicado pelo deputado Professor Alcides (PP), o advogado sem experiência em Patrimônio, Allyson Ribeiro, assumirá a superintendência no lugar de Salma Saadi, servidora de carreira e historiadora.
Há ainda os superintendentes, ambos sem experiência com patrimônio, ambos indicações do PSL: o cinegrafista Jeyson Silva substituirá a servidora de carreira e museóloga Célia Corsino. O caso talvez mais grave é a troca Doutor e Analista em Infraestrutura Madson Reis. Em seu lugar, assumirá Saulo Diniz, dono de uma oficina mecânica.
Alguns Superintendentes da antiga estavam se achando donos do espaço. E quanto ter ou não conhecimento de patrimônio para ocupar os cargos de Superintendente e até de Presidente do IPHAN não há legislação para tal. Vejamos: a Superintendência do IPHAN no Amazonas foi indicada por um ex político do Amazonas. Tal pessoa é uma empresária em Manaus que em sua primeira reunião, após sua posse, falou em alto e bom tom que não dependia do dinheiro do IPHAN e não conhecia nada de patrimônio. O que vcs acham? Então, esses que ficam criticando nomeações na Cultura, no caso, IPHAN, vão procurar o que fazer.
Luciana Féres é doutoranda pela UFMG, professora de história da arte e responsável pela indicacão da Pampulha como patrimônio da Unesco, quando era diretora dos museus em Belo Horizonte. Sempre trabalhou e leciona na área
de patrimônio histórico.
Cadê o Poder Judiciário. Na hora que o Patrimônio Histórico Brasileiro mais precisa, calam-se.
A justiça deveria ser para tudo e todos.
No final deste desgoverno, com certeza, a memória do país terá ido para a vala comum junto com os vendilhões da pátria.
Canalhas. Não há outra palavra.
Faltou apenas a legenda na foto. Esse é o Palácio da Soledade, no Recife, sede do IPHAN em Pernambuco.
Quando Bolsonaro falou que isso não existiria em seu governo me animei. Como estava enganado!
Evidentemente que à politica do Governo Federal o mais importante é acabar com o que “gasta dinheiro´´: saúde, educação e cultura visto que povo com saúde, educação e cultura “enche o saco dos políticos´´. Estamos vendo o BRASIL voltar aos tempo do MOBRAL !!! pra quê essas coisas que “só servem para gastar dinheiro´´ que faz falta para sustentar um bando de ministros, senadores, deputados e outros agregados ????