A guerra entre bolsonaristas e bivaristas no PSL ainda não acabou. Agora, a ala do PSL que é ligada ao presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), quer usar a CPMI que apura a disseminação de fake news nas redes para quebrar o sigilo de perfis que protagonizam ofensas na internet.
Deputados que fazem oposição ao núcleo bolsonarista estão levantando os emissários de ataques incisivos. A ideia é que a deputada Joice Hasselmann (SP), ex-líder do governo, solicite providências para identificar de onde partiram os disparos.
No PSL, os defensores do uso da CPMI para expor a rede bolsonarista na internet esperam contar com o apoio da oposição na empreitada. Em diversas entrevistas, Joice criticou a “milícia virtual” que apoia o presidente e que seria ligada a três dos filhos dele: Carlos, Eduardo e Flávio.
Como a atuação do chamado “gabinete do ódio” no Planalto não é segredo em Brasília, há a expectativa de que uma quebra de IPs indique o uso de computadores do governo nos ataques a adversários de Bolsonaro.
Turma do deixa disso
Alçado ao posto de líder do PSL após queda de braço com a ala bivarista, Eduardo Bolsonaro (SP) procurou integrantes do grupo que se opôs a ele, como Nelson Barbudo (PSL-MT), acenando com um entendimento.
Entretanto, para Luciano Bivar, a expulsão de boa parte da bancada bolsonarista é o caminho mais curto para acabar com a crise. O dirigente fala abertamente que prefere Bolsonaro e seu grupo mais chegado fora da sigla.
O problema é que há entre os apoiadores de Bivar quem defenda que, por mais conflagrado que esteja o ambiente, é melhor para o partido contar com o presidente entre seus quadros.