25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Parceria com Reino Unido prevê 100 milhões de vacinas para Covid-19 no Brasil

Serão dois lotes de insumos e transferência de tecnologia: um em dezembro de 2020 e outro em janeiro de 2021

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27) uma parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca e com a Universidade Oxford, no Reino Unido, para desenvolvimento e produção de vacina contra a Covid-19. Inicialmente, estão previstas 30,4 milhões de doses.

Nessa fase inicial, serão dois lotes de insumos e transferência de tecnologia: um em dezembro de 2020 e outro em janeiro de 2021.O governo reconhece que a vacina ainda não é considerada segura nem eficaz, mas participará do seu desenvolvimento.

Se comprovada a segurança e eficácia da vacina, o Brasil deverá produzir mais 70 milhões de doses. Os custos da fase inicial, segundo o governo, são no valor total de U$ 127 milhões (R$ 695 milhões), incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo para Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões (R$ 165 milhões).​

A população que faz parte do grupo de risco do novo coronavírus terá prioridade para a vacinação nesta etapa.Na segunda fase, das 70 milhões de doses, o custo estimado é de US$ 2,30 por dose.

A ideia do governo é adquirir a tecnologia para produção da vacina que vem sendo desenvolvida pela Oxford, mesmo sem os resultados clínicos finais na prevenção contra o novo coronavírus.

Estágio avançado

Os técnicos do governo ressaltaram que a vacina em desenvolvimento pela Oxford é a que está em estágio mais avançado no mundo e tem apresentado uma resposta imunológica bastante significativa, mas, se nos testes finais (ensaio clínico), a vacina não se mostrar segura, o governo não irá usá-la.

Em caso de um resultado frustrado na eficácia da vacina, o Ministério da Saúde diz que a parceria é positiva por permitir uma melhoria no parque tecnológico da Fiocruz e da BioManguinhos, laboratório da Fiocruz.

O primeiro lote da primeira etapa da parceria, que inclui a produção de 15 milhões de vacinas, será focada no grupo prioritário (que apresenta maior risco ao coronavírus).

O plano do Ministério da Saúde é que as 100 milhões de doses sejam usadas para vacinar idosos, pacientes com comorbidade, profissionais de saúde, professores, indígenas, pessoas em privação de liberdade, profissionais de segurança pública, de salvamento e motoristas de transporte coletivo.