25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Paulão acusa Bolsonaro de ser insensível, irresponsável e perverso

Deputado condenou medida do governo que limita acesso ao BPC e reduz 70% de salários dos trabalhadores

Paulão: Bolsonaro é insensível e perverso contra os trabalhadores

Na situação de calamidade vivida pelo Brasil, em função da pandemia do coronavírus, o deputado federal Paulão (PT-AL) considerou o presidente Jair Bolsonaro um ser “insensível, irresponsável e perverso” por ter vetado a ampliação do limite de renda para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) definida pelo Congresso no início de março.

A lei estabelece um auxílio de R$ 600 mensais – ou R$ 1200,00 por família – , por três meses, a trabalhadores informais, e visa diminuir o impacto da pandemia de coronavírus na renda dessa camada da população, a mais afetada pelas medidas de isolamento social.

-Faço minhas as palavras da nossa presidente Gleisi Hoffmann, quando diz que Bolsonaro não tem responsabilidade. Afinal, no momento como esse cabe ao Estado aumentar o volume de liberação de recursos para atender as demandas dos trabalhadores, dos pequenos e micro empresários e até das grandes empresas, mas nunca vetar a assistência a quem precisa. – Disse Paulão.

A ampliação do BPC, segundo ele, iria exatamente atender aos portadores de deficiência física que são pessoas da área de alto risco do Covid-19, exatamente pelas limitações de mobilidade e por isso dependem do apoio de outros.

Para o deputado é triste saber que à mudança no acesso ao BPC, feita por Bolsonaro, vai prejudicar pessoas de idade avançada e que precisam da proteção social do Estado.

É só patada contra quem mais precisa de apoio

Paulão disse ainda que a perversidade do governo é tão grande que, agora, ele propôs uma Medida Provisória para cortar 70% dos salários dos trabalhadores. “Ou seja, é só patada contra quem mais precisa de apoio”, reforçou.

De acordo com o deputado, Bolsonaro adiantou, na noite desta quarta-feira, 1º de abril, uma MP que autoriza a suspensão de contratos e jornadas de trabalho ou a redução de até 70% de salário do trabalhador.

De acordo com a MP os contratos poderão ser suspensos por até 60 dias, enquanto a redução de salário e jornadas de trabalho podem durar 90 dias. “Cabe ao Congresso Nacional frear essa irresponsabilidade perversa desse desgoverno”, concluiu.