Depois do filho 03, agora foi a vez do ministro referência e sabe-tudo de Jair Bolsonaro ameaçar a população com um golpe. Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que o brasileiro não pode ser pego de surpresa uma possível radicalização dos protestos de rua no Brasil.
“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”. Paulo Guedes, ministro da Economia.
Ao menos em sua própria fala, é possível fazer uma interpretação dele: é burro e não está à altura da nossa tradição democrática.
Seu comentário foi durante entrevista coletiva em Washington, quando s comentava a convulsão social e institucional em países da América Latina.
Ele disse que era preciso prestar atenção na sequência de acontecimentos nas nações vizinhas para ver que o Brasil não tem nenhum pretexto que estimule manifestações do mesmo tipo.
O ministro afirmou que declarações sobre a edição de um novo AI-5 no Brasil, como a feita por um dos filhos de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi uma reação ao que chamou de convocações feitas pela esquerda, endossadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo depois de ser solto, há pouco mais de duas semanas.
Curiosamente, é o atual presidente que cria um partido com temas religiosos, número 38, com uma clava feita na base da bale, com neofascitas bradando “morte à esquerda” e corrida de projetos para autorizar agentes da lei matarem seu punição. E nem a economia está boa: o dólar, por exemplo, só faz subir.
Quando viu que podia estar fazendo besteira, só após quase duas horas de entrevista coletiva ele afirmou que estava dando declarações em off,. No entanto, a entrevista havia sido convocada por sua assessoria e estava na agenda oficial de Guedes antes mesmo de ele embarcar para os EUA.
E também foi avisado que as agências de notícia e emissoras de televisão faziam transmissões em tempo real. Ou seja, foi burro. Ou se fez de.