Por que será que as empresas do senador Fernando Collor de Mello quebraram?
Alguém até pode dizer que a crise nos meios de comunicação é mundial. Seria um argumento, mas não determinante para o caso específico das Gazetas, em Alagoas.
Inegável que há uma crise. Mas é real também que as empresas do senador passaram anos e anos vivendo nababescamente, sem cumprir regularmente com suas obrigações sociais.
Com os suportes dos mandatos eletivos da própria família Collor, desde o velho Arnon de Mello, as Gazetas simplesmente não recolhiam os tributos inerentes às atividades desenvolvidas. Nem no plano federal e muito menos no estadual e municipal. Isto é, o tráfico de influência, o poder de pressão política, entre outras coisas mais, foram armas para o não pagamento de impostos.
Uma reportagem do UOL, assinada pelo jornalista Carlos Madeiros, chegou a denunciar que as dívidas das empresas de Collor com a União atingiram o montante de R$ 284 milhões.
E aí vem o detalhamento: desse total, R$ 147 milhões são dívidas de Imposto de Renda, PIS, Cofins, INSS e FGTS. Ou seja, Collor se dava ao direito de conduzir suas empresas sem pagar tributos naturais a quem de direito. Tudo isso sem falar nos débitos das ações trabalhistas.
Ora, se não pagava as obrigações sociais há que se pressupor que o dinheiro circulava, principalmente por que o grupo da Organização Arnon de Mello (OAM), sempre reivindicou para si – e quase nunca lhe foi negado – algo em torno de 70% dos investimentos de publicidade a cada governo estadual e nas gestões municipais, com o argumento de que sempre fora líder de audiência, com o padrão Globo de qualidade.
E ai de quem, no poder, se recusasse a tanto. Ou mesmo fora dele, como bem sabe o mercado publicitário local.
Pois bem. Se com o que recebia não pagava suas obrigações, então por que quebrou mesmo?
Sinceramente, esse não é um doce mistério
O interessante são os discursos dele chamando o Brasil pra crescer e desenvolver
queria implantar o sistema parlamentarista e imaginando que talvez ele seria o indicado. Agora uma empresa de onde só tira e não repõe e que apurado é lucro, quebra um dia. A empresa arrecada e não repassa impostos e ainda quebrar mostra o quanto vinha sendo dilacerada financeiramente pelos proprietários, os funcionários é que pagarão o pato.
E a Receita não realizou nenhum pente-fino durante os anos? Conversa estranha