Parlamentares da esquerda são considerados elementos proibidos para Jair Bolsonaro (PSL). Basta ver o que aconteceu, ou acontecerá com o general Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente dos Correios, por ele ter se comportado como “sindicalista”.
O presidente afirmou nesta sexta-feira (14) que vai demitir o presidente dos Correios, nos próximos dias, por seus gestos durante audiência pública na Câmara. Bolsonaro não gostou do general ter tirado foto com parlamentares de esquerda e de ter dito que não haverá privatização dos Correios, como planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em audiência no último dia 6, o ainda presidente dos Correio defendeu a estatal como “autossustentável” e “insubstituível”. Segundo o general, a empresa está “em crise” por conta do recolhimento “excessivo” de dividendos da empresa, realizado pela União desde de 2011, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Para uma plateia de sindicalistas e servidores da empresa, o general fez um discurso que agradou aos ouvidos de todos. Foi aplaudido várias vezes. Agora, a exoneração deve ser publicada nos próximos dias. Logo, custou caro seus comentários e as fotos com deputados do PT e do PSOL.
Bolsonaro disse já estar estudando um substituto para o cargo. O exemplo do general Juarez Aparecido de Paula Cunha foi dado ao explicar a demissão de outro militar, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, formalizada na quinta (13).