26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Produtores da Bacia Leiteira buscam apoio da ALE

Pernambuco está cobrando uma taxa extra de 6% na alíquota do ICMS para os fabricantes que comprarem o leite de outros estados

Deputados estaduais e produtores de leite de Alagoas se reuniram nesta quinta

Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (2), deputados estaduais e produtores de leite do Estado discutiram demandas da Bacia Leiteira de Alagoas. Na pauta, uma ação emergencial para que Alagoas não perca seu principal comprador de leite in natura, a Lactalis, que está situada na cidade de Bom Conselho/PE.

O governo de Pernambuco está cobrando uma taxa extra de 6% na alíquota do ICMS para os fabricantes que comprarem o leite de outros estados. A empresa desde 2011 compra 120 mil litros de leite dos produtores de alagoanos e apenas 60 mil litros da produção pernambucana. A preocupação é que, com a sobretaxa, a grave a crise que já atinge o setor do leiteiro seja aprofundada.

Após ouvir o apelo dos produtores, a Comissão de Agricultura da Casa, presidida pelo deputado Yvan Beltrão (PSD), decidiu que irá intermediar uma reunião entre o Governo do Estado e representantes da Bacia Leiteira de Alagoas para buscar uma solução para a questão.

“Todos os deputados estão unidos para ajudar os produtores no que for preciso e vamos levar seus pleitos ao governador Renan Filho. Tenho certeza que o Governo não vai deixar os produtores na mão e vamos conseguir melhorar as condições de trabalho”. Yvan Beltrão (PSD), presidente da Comissão de Agricultura da Casa.

O presidente da Câmara Setorial do Leite, André Ramalho, que esteve representando a Federação da Agricultura de Alagoas, informou que com a sobretaxa vai haver um excedente na produção de leite e o Estado não tem condições de absorver.

Além da cobrança de taxa extra sobre o leite que vai de Alagoas para Pernambuco, os produtores do estado vizinho estão nas tratativas para que a empresa reverta e compre mais produtos em Pernambuco do que em Alagoas.

“Isso prejudicial para nós, porque não temos para onde fornecer esse excedente”. André Ramalho, presidente da Câmara Setorial do Leite.