Há 1 ano e 7 meses os brasileiros assistiram o Congresso Nacional desmontar os direitos trabalhistas com a alteração de mais de 200 pontos da CLT, os quais protegiam os direitos dos trabalhadores.
Eis que na época se dizia que estavam transformando para gerar logo 2 milhões de novos empregos no País. Hoje, se percebe que os brasileiros caíram no conto do vigário.
Isso por que a reforma trabalhista defendida por Michel Temer e seus aliados no Congresso não apenas retirou direitos fundamentais dos brasileiros, como também agravou a crise do emprego e renda.
Falou-se na oportunidade que a reforma seria uma “vacina” contra a diminuição da oferta de vagas no mercado, à época com 12 milhões de desempregados. Muita gente boa fez coro com essa tese que, no entanto, só atendeu a interesses do mercado financeiro e dos empresários.
Empresários, diga-se, que nunca gostaram de pagar direitos racionais aos trabalhadores. Que sempre sonegaram impostos e que costumeiramente e historicamente vivem buscando vantagens nas tetas do governo.
Hoje, o desemprego atinge mais de 13 milhões de brasileiros. E a reforma, a rigor, trouxe apenas a precarização dos empregos, a redução dos salários e o enfraquecimento das entidades sindicais.
Sem falar que a reforma agravou a crise econômica por que os poucos contratos de trabalho gerados foram na forma intermitente, cuja renda é completamente instável.
Quer dizer, quem tem renda instável não consegue planejar o futuro.
Enquanto isso, nas esquinas e sinais de trânsito os sintomas da miséria vão desfilando entre o para-brisa e o retrovisor.