28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Renan Filho sobre paralisação da polícia civil: ‘Oito estados nem salários pagam’

Governador diz que não é possível discutir aumento para ‘todas as categorias a toda hora’ e pediu ‘consciência’ ao servidores

Durante a assinatura de decretos de concessão de incentivos fiscais, nesta segunda (20), no Palácio República dos Palmares, o governador Renan Filho atendeu à imprensa. E, como esperado, foi questionado sobre a paralisação de 72 horas da policia civil no em Alagoas.

Segundo o governador, os estão em seu direito de se manifestar. E o Estado seguirá dialogando, mas ciente de que o atual cenário econômico do Brasil não permita reajustes ‘a toda hora o que todas as categorias esperam’.

“Outros estados nem salários pagam. Não dá para discutir toda hora o que todas as categorias esperam que o estado faça. Tem oito estados no Brasil nesse momento sem pagar salários. Isso precisa ser dito a imprensa, porque a imprensa precisa, na hora de escrever a matéria, levar isso em consideração para não parecer que estamos vivendo em um estado sem relação com o que ocorre no Brasil. A gente espera que todos os servidores, de maneira geral, tenham consciência do momento que vive o Brasil”. Renan Filho, governador de Alagoas.

Paralisação

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan, já se dispôs a intermediar uma negociação entre Governo e Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol/AL) para evitar que a categoria entre em greve por tempo indeterminado

Tutmés Airan vai tentar intermediar conversa entre Governo e Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas. Foto: Caio Loureiro

Nesta segunda (20), agentes e escrivães iniciaram paralisação de 72 horas. Eles pleiteiam reajuste salarial. De acordo com o presidente do Sindpol/AL, Ricardo Nazário, o piso dos agentes e escrivães, no valor de R$ 3.800, é um dos mais baixos do Brasil.

A categoria busca ainda o reconhecimento da periculosidade e a compensação financeira pelo aumento da carga horária.

“O Governo aumentou nossa carga horária de 30 para 40 horas e não houve essa composição financeira. Além disso é um absurdo não reconhecerem que a atividade do policial civil é perigosa”. Ricardo Nazário, presidente do Sindpol/AL.

Nesta terça (21), os policiais devem se concentrar em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), para se reunir com o o secretário Fabrício Marques e tratar do piso salarial.

Já na quarta-feira (22), a diretoria visitará as delegacias para reforçar a paralisação. Até lá, o Sindpol disponibilizará de música ao vivo a serviços gratuitos de saúde, como aferição de pressão, limpeza de tártaro, aplicação de flúor e avaliação odontológica, além de café da manhã, almoço e lanche.