Os resultados das amostras coletadas na mancha de poluição, que se estende por uma grande parte do Rio São Francisco, serão apresentados na manhã desta sexta-feira, dia 17, na sede do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Além do IMA, também apresentam o documento o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Através de nota, o Instituto já adiantou que a abertura das comportas – de uma das barragens da hidrelétrica de Paulo Afonso, no final de fevereiro, não seria capaz de produzir o incidente. Ainda segundo o IMA, já é possível dizer a causa da mancha e os riscos para a população – que serão revelados somente na entrevista coletiva à imprensa.
Como surgiu
O problema da mancha no São Francisco começou a ser monitorado pelo IMA no dia 10 de abril, após denúncias de moradores da região, que tiveram o abastecimento de água suspenso. O problema afetou oito municípios.
Desde então, foram realizados sobrevoos e coleta de amostras para a identificação da causa da poluição.
Na terça-feira (14), o CBHSF convocou os órgãos envolvidos e representantes dos usuários para discutir o assunto. O Ministério Público Federal informou que instaurou inquérito para apurar o caso, enquanto o Ministério Público Estadual também investiga os responsáveis pelo problema.
Ainda segundo a nota, a equipe de fiscalização do IMA não encontrou indícios de que alguma indústria ou empreendimento instalado na região tivesse a capacidade de produzir o incidente. Adiantou, ainda, que a única operação com capacidade para provocar grande impacto foi feita pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que, em fevereiro, realizou o procedimento de abertura de comportas de uma das barragens da hidroelétrica de Paulo Afonso, liberando 80% da água armazenada e grande quantidade de sedimento.