23 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Sem acordo: Após reunião no MPT, impasse com funcionários da Veleiro continua

Procuradora protocolou reivindicações e reclamações dos funcionários, que não descartam nova paralisação

Não houve acordo. A reunião com representantes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Alagoas (Sinttro), no Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT-AL), não teve avanços e continua o impasse envolvendo a empresa Veleiro e seus funcionários.

Diante do impasse, não está descartado que em uma assembleia, a ser realizada na porta da Veleiro nos próximos dias, os trabalhadores não aceitam nem conversar mais com os donos da empresa. Uma nova paralisação, portanto, pode acontecer novamente.

Os funcionários entregaram vídeos e fotos que mostram as condições de trabalho ofertadas pela empresa. A comparação dada por eles foi a de semelhanças com “transporte clandestino”.

Como representantes da empresa não estavam presentes, a procuradora Virgínia Ferreira protocolou apenas as reivindicações e reclamações dos funcionários para o processo, que segue para o Tribunal Regional do Trabalho e tramita com urgência.

“Vamos fazer essa assembleia, com certeza os trabalhadores vão fechar para fazer greve e o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) vai tomar a frente disso e resolver esse impasse de uma vez por todas”. Sandro Régis, presidente do Sinttro.

Veleiro

Ônibus da Veleiro foram apreendidos nesta sexta em cumprimento a um mandado de busca e apreensão da Justiça de São Paulo, depois que mais de 50 veículos, responsáveis por 15 linhas em Maceió, permaneceram na garagem nesta quinta-feira (16). Os funcionários da empresa paralisam as atividades em protesto pelo atraso nos pagamentos.

Segundo o Sinttro/AL, ainda há atraso dos pagamentos de dezembro e até mesmo dos tíquetes de alimentação. Já é a é terceira vez em que os trabalhadores da Veleiro cruzam os braços pelo mesmo motivo em menos de um ano.

Entre as reivindicações, estão além do pagamento de atrasados, o das férias e o repasse do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“A empresa Veleiro não está em condições de operar mais. Está operando precariamente. Isso é público e notório. Um oficial de Justiça levou seis veículos hoje”. Sandro Regis, presidente do Sinttro-AL.

Ainda nesta sexta, a Justiça de Alagoas suspendeu a busca e apreensão dos ônibus da Veleiro. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) informou que se já houve a busca e apreensão de algum ônibus da empresa, a empresa tem que se manifestar junto ao juízo de São Paulo pedindo a devolução dos veículos.