24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Semana de baixa na economia: Bolsa despenca 19%, dólar acima de R$ 5 e PIB zerada

Casos da covid-19 continuam a subir no mundo, com mais de 10 mil mortes já registradas, e assustam o mercado

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, chegou a subir durante parte do dia, mas virou e fechou em queda de 1,85%, aos 67.069,36 pontos.

Na semana, a Bolsa acumula tombo de quase 19% (18,88%), no pior desempenho desde a semana encerrada em 10 de outubro de 2008 e quinto resultado semanal negativo seguido. Em março, as perdas já chegam a 35,62% e no ano, a 42%.

A instabilidade nos mercados acionários globais continua elevada, já que os casos da covid-19 continuam a subir no mundo, com mais de 10 mil mortes já registradas. Nem os anúncios de estímulos monetários e fiscais por vários países têm conseguido frear as quedas nas Bolsas mundiais.

Dólar acima de R$ 5

O dólar comercial emendou a segunda baixa seguida e fechou o dia em queda de 1,50%, cotado a R$ 5,027. Ontem, o dólar fechou em baixa de 1,83%, a R$ 5,104 na venda, na maior queda percentual diária em 17 meses. Apesar da queda no dia, na semana o dólar saltou 4,46%. Em março, a alta chega a 12,19% e no ano, a 25,28%.

A queda do dólar acontece em meio a medidas globais de estímulo econômico em resposta ao coronavírus e à percepção de um Banco Central mais ativo no mercado de câmbio.

A equipe da Guide Investimentos classificou a melhora nos mercados como “uma espécie de otimismo cauteloso”, amparada na ação conjunta de governos e bancos centrais.

PIB zerado

O governo brasileiro praticamente zerou a expectativa de crescimento da economia para este ano. O Ministério da Economia cortou, nesta sexta-feira (20), a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,1% para 0,02%. Há dez dias, o governo já havia reduzido a previsão de crescimento da economia, de 2,4% para 2,1%.

Neste mesmo dia, um estudo do FGV disse que, no pior cenário, a pandemia do novo coronavírus pode provocar uma perda de até 4,4% no PIB brasileiro em 2020. Em um cenário mais otimista, o estudo prevê que a economia do país fique estagnada, com crescimento próximo a 0%. Considerando um meio-termo, o documento projeta que o PIB fique negativo em 2,5%.