Já faz tempo que buracos causam transtornos nos calçadões do centro de Maceió. Reclamações de lojistas, transeuntes, cadeirantes; de todos os lados. Pessoas que caíram, se machucaram ou chegaram perto disso; pessoas que enxergam no descuido público a iminência de um acidente grave.
No final de semana passado, quando um incêndio de grande proporção destruiu lojas no Centro, os buracos da Moreira Lima foram empecilho para a passagem dos carros de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros. Um caminhão encalhou na primeira tentativa, porque o piso afundou. Passagens alternativas tiveram que ser abertas a força, quebrando calçadas e retirando estacas de cimento para os carros de socorro passarem.
Como já dissemos, o problema no calçadão é antigo, e atinge várias ruas. Há duas semanas registramos em fotografia um buraco, na Moreira Lima, que apresentava enorme vácuo por baixo das pedras de cerâmica que constituem o piso. Exatamente o buraco que cedeu com o peso do caminhão de combate a incêndio. E nem precisava tanto. Do jeito que estava, era um risco para qualquer pessoa. E estava alí há meses, talvez mais de ano, sem que ninguém tomasse providência.
Esta semana encontramos o secretário municipal de Infraestrutura, Roberto Fernandes, e perguntamos que providências seriam tomadas em relação aos buracos no calçadão do Centro. Ele respondeu de imediato: “Vamos fechar e mandar a conta para a Casal. Foi ela quem deixou lá. E se não pagar, vamos mandar para a dívida ativa”.
E os buracos começaram a ser fechados. De maneira rústica, é verdade, mas pelo menos dois deles, um na Rua Joaquim Távora, que fazia dois anos, e outro que começava a ceder, na Moreira Lima, não representam mais riscos para os transeuntes – nem para as equipes socorristas. E o maior deles, aquele que quase engole o caminhão do Corpo de Bombeiros, está em obras – e com placa da Prefeitura.
Se a Casal vai pagar a conta, não se sabe. Isso é lá entre eles.
O que a população quer saber, é do serviço feito. E que o poder público assuma sua responsabilidade. Isso é o que importa.