Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Wetervon Rocha (PDT-MA) apresentaram nesta quarta-feira (26) requerimento para convidar o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado sobre o sargento da Aeronáutica preso por transportar drogas na bagagem em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
A FAB já abriu o Inquérito Policial Militar que vai investigar a prisão do 2º sargento da Aeronáutica, cujas iniciais do nome são M.S.R., em Sevilha, Espanha, na manhã de terça-feira (25), após ter chegado àquele país, com 39 quilos de cocaína, em sua bagagem pessoal.
Um dos focos da investigação é em relação ao embarque e transporte da droga na aeronave militar que foi para a Espanha, com três equipes de tripulação, que trabalhariam na comitiva do presidente Jair Bolsonaro durante a segunda etapa da viagem para o Japão, onde participará de reunião do G-20.
Segundo informações repassadas ao governo brasileiro, o sargento foi ouvido hoje cedo em Sevilha, onde está preso. Não se sabe ainda por quanto tempo ele permanecerá nesta unidade.
O vice-presidente da República e presidente em exercício, general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o militar preso no dia anterior em Sevilha, na Espanha, suspeito de tráfico, deveria estar exercendo a ilegalidade por dinheiro.
“Acredito que esse militar aí é questão de dinheiro, né? Então você sabe que o dinheiro é algo… o vil metal corrompe. A pessoa tem que ser muito forte mentalmente, muito ciosa dos seus valores e dos seus deveres para não ser corrompida. É óbvio que, pela quantidade de droga que o cara estava levando, ele não comprou na esquina e levou, né? Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada, vamos colocar assim”. Antônio Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente.
Cocaína
A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira, no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro traficou 39 quilos de cocaína em um avião da FAB. A aeronave está integrada à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo confirmaram fontes da corporação policial ao EL PAÍS.
A prisão ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Tóquio, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20.
O ministério brasileiro de Defesa emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e anunciou a abertura de um inquérito para apurar o ocorrido. Bolsonaro também escreveu um tuíte sobre o fato.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 25 de junho de 2019
Na mensagem, Bolsonaro disse que as Forças Armadas têm em seu contingente “cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos íntegros princípios da ética e da moralidade” e que, caso o envolvimento do militar venha a ser comprovado, que ele seja “julgado e condenado na forma da lei”.